Em 23 de Março de 2017 subi o texto e fotos sobre o Fechamento do MuBI: Brasil, um país sem memória . Valter Busto, proprietário da imensa coleção e responsável pelo então MuBI, Museu da Bicicleta de Joinville, teve retirar todo seu acervo da Estação Ferroviária de Joinville e ajeitá-la como pode em sua casa. A história é bem mais complicada, mas não cabe aqui.
Não sei exatamente o número de bicicletas, mas no MuBI eram mais de 100 expostas, mais a reserva técnica pronta para exposição, e todos os pequenos objetos, pinturas, tapete, etc... Isto sem contar com a reserva técnica que tinha em sua casa, mais de uma centena de bicicletas prontas para exposição, outra centena para serem restauradas, e um imenso e precioso acervo de peças, pequenos objetos, livros, revistas, roupas e outros mais. Quem acompanhou sabe o drama que foi manter tudo debaixo de um teto.
Nestes quase três anos houveram algumas tentativas de se recolocar o acervo em outra localidade, infelizmente sem sucesso. Valter continua trabalhando para reabrir um museu.
As fotos abaixo mostram como está a coleção hoje. Absurdo? Não! Tipicamente brasileiro. Muitos museus oficiais têm acervos na mesma condição, ou pior, muito pior. Não precisa ser especialista ou interessado em cultura para saber como anda a coisa. Fácil e trágico: Museu da Língua Portuguesa (queimado); Museu Nacional (queimado); Museu da Revolução de 1932 (?); Museu da Tecnologia (?), Museu da Aeronáutica (?),... Quem fizer uma rápida pesquisa vai dar com uma vergonha sem tamanho de como é tratada a cultura e memória nacional. Repito, o brasileiro, faz e anda, está pouco se importando.
Para entender as fotos, o melhor do acervo está dentro de uma pequena casa e dentro de uma garagem de um vizinho. Na área externa, coberta por telhas e fechada por lonas, está a coleção secundária. Ainda tem muita coisa está guardada em condições precárias. Não posso dar a localização por uma questão de segurança, nem mostrar o caminhão que foi depósito de uma parte da coleção. Acabei de remover a foto.
Fato é que Valter Busto juntou por esforço próprio, heroico até, a mais importante memória da bicicleta no Brasil; mas parece que ninguém se importa.
Que triste! E tem bicicleta que foi minha por aí nesses escombros... Muito triste!
ResponderExcluirMeu Deus!!! Que devastação!! Sem palavras...
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