O caderno Mobilidades do Estadão tem feito um bom trabalho publicando matérias sobre o assunto, mas dentro do site - https://mobilidade.estadao.com.br/mobilidade-para-que/falar-sobre-mobilidade-em-sao-paulo-e-sempre-citar-numeros-grandiosos/ - tem um dado interessante:
- 504 quilômetros é a extensão das vias para trânsito por bicicletas, sendo 473,7km de ciclovias/ciclofaixas e 30,3 km de ciclorrotas
Nunca tinha pensado nisto, mas muito se fala sobre os km de ciclovias / ciclofaixas e ciclorrotas, mas é difícil colocarem o número total de ciclistas circulando na cidade. Nunca vi na grande imprensa dados de ciclistas separados por ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas, o que permitiria saber o que está valendo a pena e o que não. Fala-se muito que o número de ciclistas nas ruas vem aumentando, mas também não se detalha, o que é crucial para estabelecer uma boa política não só para a bicicleta, mas para todos os modais ativos. Vou mais longe; crucial para uma política de humanização da cidade.
Esta história me lembra o livro "Como mentir com estatística" de Darrell Huff, 1956 - se não me falha a memória.
A série de debates Retomada Verde do Estadão tem sido interessante. Assisti, dentre outras, Especialistas defendem informação e participação da sociedade no destino das cidades na pós-pandemia, palestra mediada pelo Mauro Calliare e com a participação de Phillip Yang da Urbem; Roberta Kronke da FAU USP; e de Alan Cuperstein da C40 América Latina; achei interessante, mas rasa. Como todas outras palestras durou 1 hora, o que considero pouco para um tema tão vasto. Acaba caindo num repetitivo. Gostaria que houvesse tempo para detalhar mais, mostrar números, explicar melhor. O Estadão deve saber o público alvo que tem e para o qual se destina. Triste mesmo foi ler alguns comentários nesta e nas outras palestras.
Há uma pesada aposta em tudo que vai melhor através da Internet, aplicativos, redes sociais, inteligência artificial e que tais. Olhem a foto tirada numa das áreas mais ricas do país e tirem suas conclusões. Para quem não entendeu é a poda de árvores para que os galhos não interfiram com a fiação aérea quando começarem os ventos e tempestades. O PIB e número de empregos gerados por cada uma destas casas é coisa séria. Aliás, não muito longe de onde tirei a foto está a casa de um dos mais importantes empresários e um dos maiores empregadores do Brasil e além mar. Não faço ideia de quanto custa para o país ele ficar sem comunicação em casa por 8 horas, 12 horas, 24 horas, como já aconteceu mais de uma vez, mas não deve ser pouco.
Nenhum comentário:
Postar um comentário