Faz uns dias li mais um brilhante texto de colunista na Folha de São Paulo que no meio de preciosos pensamentos e ideias do nada acabou. Terminou como se cortado impiedosamente por um machado. Não foi o primeiro, nem único nos grandes jornais e revistas brasileiras. Como já escrevi para jornais e revistas sei como é: uma lauda ou duas laudas no máximo. ordens da casa. A saber, uma lauda hoje é 20 linhas de 70 toques, total do texto 1400 toques. Conforme o jornal, regras e mais regras.
Limitar as laudas tem por objetivo captar mais leitores, simples assim. E funciona, como funciona. Quantos mais leitores, mas publicidade, ponto, não preciso explicar o resto. A maioria dos leitores compra o pensamento pela metade sem se questionar. Ideias podem ser comprimidas até um certo ponto ou ficam cheias de buracos, não fecham, não fazem sentido, ou pior, vendem gato por lebre, o que é comum. Ou de propósito fazem todo sentido, dependendo para quem são direcionadas e qual nível de interesse devem despertar. Como, quando, porque, onde, para que.... e outras perguntas pertinentes que deveriam ser regra nunca foram o forte da educação e do pensamento brasileira e vem caindo em desuso, dito isto sobre as coisas práticas. Agora, com as redes sociais, ir longe no pensamento virou chatice, aliás, é impossível devido aos limites impostos pelas próprias mídias. Bom mesmo é texto de no máximo 140 toques de um Twitter. Chacrinha estava muito a frente de seu tempo e rouco soltava para o povão "Eu não vim para explicar, vim para confundir". A técnica é simples, suba frases no Twitter de meia dúzia de palavras uma atrás da outra sem parar e crie meias verdades que serão repassadas. Maquiavel? Quem sabe. Goebbels iria adorar. Funciona, e como funciona! até para eleger presidentes, imagina para tratar de temas cotidianos.
Ser conciso é um dom precioso que poucos, bem poucos têm, mas mesmo a melhor concisão deixa em aberto pensamentos. O que temos hoje não é concisão, é algo que não sei bem com definir. Ok, twitter.
Os tempos que vivemos não são de fácil compreensão. Textos curtos normalmente dão pistas, pontuam quando muito, mas não levar a entender o que realmente acontece. Os exemplos são inúmeros ou, diria eu, infinitos. Chegamos onde chegamos porque compramos esta leitura fácil. Pensar cansa!, mas não querer pensar tem consequências, algumas sérias.
Para de fato conseguir resultados perenes é preciso ter uma visão ampla de contexto. Ou fica o ó do borogodó.
Neste exato momento São Paulo tem mais de 60 pontos de alagamento intransitáveis. Choveu em menos de 12 horas a metade do previsto para todo mês de Fevereiro. Na Lapa de madrugada caiu mais de 70 ml em uma hora, o que é água de chuva para ninguém botar defeito. Por conta disto as marginais Tiete e Pinheiros estão alagadas, portanto intransitáveis, o que simplesmente parou três estradas. A TV está mostrando esta e outras situações e os jornalistas estão fazendo comentários, formatam a notícia para o que o público consegue entender. Não entram em detalhes que podem fazer que num futuro a situação não se repita.
Exemplo: administrar significa levar em consideração variantes e ou imprevistos que entram no cálculo tendo como base uma média das experiências passadas. Se o administrador usar como referência os picos excepcionais para fazer cálculos de obras e ações necessárias provavelmente vai acabar linchado ou preso porque vai sair caríssimo e vai ter utilidade uma vez na vida, se tanto. Não temos uma discussão mais profunda de como se faz uma formação de custos, não interessa.
O Município de São Paulo mal tem verba para cumprir o básico, o que dizer de verba para obras que evitem este volume de água. Pelo menos hoje estão falando que é um absurdo terem permitido invasões de áreas de várzea como a que aconteceu no hoje Jardim Pantanal, mas ainda não se tem uma reação geral para devolver esta e outras tantas áreas inundáveis para o rio Tiete.
Em suma, textos curtos, ideias incompletas, problemas futuros. Vale para tudo.
Ser conciso é um dom precioso que poucos, bem poucos têm, mas mesmo a melhor concisão deixa em aberto pensamentos. O que temos hoje não é concisão, é algo que não sei bem com definir. Ok, twitter.
Os tempos que vivemos não são de fácil compreensão. Textos curtos normalmente dão pistas, pontuam quando muito, mas não levar a entender o que realmente acontece. Os exemplos são inúmeros ou, diria eu, infinitos. Chegamos onde chegamos porque compramos esta leitura fácil. Pensar cansa!, mas não querer pensar tem consequências, algumas sérias.
Para de fato conseguir resultados perenes é preciso ter uma visão ampla de contexto. Ou fica o ó do borogodó.
Neste exato momento São Paulo tem mais de 60 pontos de alagamento intransitáveis. Choveu em menos de 12 horas a metade do previsto para todo mês de Fevereiro. Na Lapa de madrugada caiu mais de 70 ml em uma hora, o que é água de chuva para ninguém botar defeito. Por conta disto as marginais Tiete e Pinheiros estão alagadas, portanto intransitáveis, o que simplesmente parou três estradas. A TV está mostrando esta e outras situações e os jornalistas estão fazendo comentários, formatam a notícia para o que o público consegue entender. Não entram em detalhes que podem fazer que num futuro a situação não se repita.
Exemplo: administrar significa levar em consideração variantes e ou imprevistos que entram no cálculo tendo como base uma média das experiências passadas. Se o administrador usar como referência os picos excepcionais para fazer cálculos de obras e ações necessárias provavelmente vai acabar linchado ou preso porque vai sair caríssimo e vai ter utilidade uma vez na vida, se tanto. Não temos uma discussão mais profunda de como se faz uma formação de custos, não interessa.
O Município de São Paulo mal tem verba para cumprir o básico, o que dizer de verba para obras que evitem este volume de água. Pelo menos hoje estão falando que é um absurdo terem permitido invasões de áreas de várzea como a que aconteceu no hoje Jardim Pantanal, mas ainda não se tem uma reação geral para devolver esta e outras tantas áreas inundáveis para o rio Tiete.
Em suma, textos curtos, ideias incompletas, problemas futuros. Vale para tudo.
Brasileiro não tem o hábito de ler principalmente textos longos; aliás, não tem o habito de ler. Felizmente está mudando e o número de leitores vem aumentando, pelo menos os de livros, ótima notícia. Agora precisamos entender que para resolver problemas cotidianos é necessário aprofundar-se.
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