Tire os olhos de sua telinha do celular e olhe para qualquer lado. Se estiver no meio do povo mui provavelmente vai ver uma quantidade de pessoas com o olhar enterrado no celular. E dai? Normal.
E dai? Normal? Nós estamos desaprendendo a olhar, a ver, e isto tem consequências sérias.
E dai? Normal? Nós estamos desaprendendo a olhar, a ver, e isto tem consequências sérias.
Como qualquer animal o homem primitivo usava todas as possibilidades de seu corpo, movimentando-se para todos lados, de todas as formas possíveis, em todas as posições necessárias para sua dura sobrevivência, usando praticamente todos os músculos e sentidos. Sua visão tinha que ser aguçada para poder caçar e não ser caçado.
Com a formação de uma estrutura social mais organizada a necessidade de uso pleno do corpo e sentidos foi diminuindo em consequência do aumento da segurança e conforto que esta oferece. Só os que se lançavam à caça ou a guerra precisavam ter sentidos apurados, em especial a visão, os demais podiam relaxar e manter o olhar mais focado nos afazeres para a comunidade.
Com a formação das propriedades, vilas e cidades as necessidades de uso do corpo, de sua musculatura e sentidos, foi diminuindo, sendo aos poucos mais focada em trabalhos e esforços cada vez mais mecanizados e de curto alcance. O horizonte visual vai ficando mais curto, restrito, o muda a forma do olhar.
A cidade em si muda completamente a forma do olhar, não só pelas distâncias e larguras do que se vê, num horizonte de curta distância, mas também pela importância crescente da forma de organização social que as cidades trazem, o que faz cada vez mais os cidadãos olharem para dentro de si. Templos, igrejas e mais tarde os livros, mudam completamente a função do olhar, do ver, do sentir.
Com o aumento da velocidade, principalmente a partir do trem, e o consequente abandono do campo pela cidade, mais a revolução industrial, as revoluções sociais, iniciamos o olhar moderno, um olhar rápido que capta fragmentos da realidade.
Por uma questão de funcionalidade desta nova sociedade cada vez mais veloz toda a vida dos cidadãos, dentro de casa, nas ruas, no trabalho, na diversão..., foi e segue sendo construída para que as funções do corpo, todas, do sistema ósseo-muscular à visão, funcionem basicamente em uma única direção, a que está a frente do "ser humano".
Por uma questão de funcionalidade desta nova sociedade cada vez mais veloz toda a vida dos cidadãos, dentro de casa, nas ruas, no trabalho, na diversão..., foi e segue sendo construída para que as funções do corpo, todas, do sistema ósseo-muscular à visão, funcionem basicamente em uma única direção, a que está a frente do "ser humano".
E vem a TV e olhar fixo numa realidade que não é realidade. O computador; agora a revolução das mídias sociais numa telinha mínima, que mudou todas as dinâmicas do olhar e ver. A base "cultural" do olho é o celular; o mundo fora dali virou abstrato. Realidade virtual. Mais, é um olhar e ver parado, estático, sem necessidade do uso do corpo, do movimento. Aliás, em nome da segurança recomenda-se que se faça uso do celular "parado". A desconexão com o homem primitivo, com a natureza mais profunda do animal homo erectus, se dilui assustadoramente.
Com as mudanças do olhar vieram mudanças emocionais. Vários estudiosos de saúde mental e vícios consideram a realidade virtual uma questão pandêmica de saúde a ser tratada.
Hoje, o que é de nosso olhar?
Pare um pouco e olhe em volta. Talvez valha a pena reaprender a olhar e ver. Faz toda diferença para sua segurança.
Com as mudanças do olhar vieram mudanças emocionais. Vários estudiosos de saúde mental e vícios consideram a realidade virtual uma questão pandêmica de saúde a ser tratada.
Hoje, o que é de nosso olhar?
Pare um pouco e olhe em volta. Talvez valha a pena reaprender a olhar e ver. Faz toda diferença para sua segurança.
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