segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Que merda!

Venho pedalando pela calçada da Ponte Cidade Universitária devagar e com cuidado com os pedestres. Um pouco a frente está a entrada para a rampa da ciclovia do Rio Pinheiros e mais a frente dois corredores a pé trotam lado a lado numa conversa amiga. Num relance vejo uma bicicleta vindo rápido, empurrando para o lado os corredores, passando com cara de bravo por ter sido atrapalhado e entrando a minha frente na rampa. Com roupa, luvas, capacete, sapatilhas, tudo de primeira, muito chique, uma Scott de estrada de fibra de carbono para bem poucos, desce o primeiro lance da rampa no embalo, desclipa furiosamente dos pedais e num passinho curto e apressado segue a descida empurrando a bicicleta, batendo os tacos no concreto. Sua expressão é mal humorada, de quem está desesperado para dar uma pedalada no que ainda resta de tempo daquela tarde. Enquanto vou descendo acompanho sua descida com um olhar recriminatório lembrando da agressividade com que tirou os corredores da frente. Estou curioso para ver para onde sai pedalando e quem sabe dar uma bronca, mas ele não vai para a ciclovia. Entra furiosamente no estacionamento dos banheiros, quase joga a cara bicicleta no paraciclo, sai em disparada sem se importar que a linda Scott de estrada está solta, destrancada, e se tranca no banheiro. UFA! E eu que estava até então furioso com a forma como ele havia aberto caminho na ponte empurrando para o lado os corredores a pé. A verdade é a seguinte: entre borrar as calças ou deixar a caríssima bicicleta jogada à sorte, conclui-se que todo homem almeja desesperadamente sentar com os fundilhos limpos no trono! Um peido para vocês.


Um comentário:

  1. Hahaha! Talvez o Chamois não fosse resistente a peidos pesados! Hehehe! Moral da historia? Equipamentos caros não te fazem mais rapido que uma boa caganeira!

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