terça-feira, 12 de dezembro de 2017

pedal pelo direito de ir para Santos

Não vou mexer no texto abaixo. Ele é uma resposta ao pessoal da UCB que está discutindo a questão da ligação São Paulo capital a Santos e o pedal que aconteceu no último domingo quando uns 3.000 ciclistas tentaram descer a serra e foram impedidos. Infelizmente não estava lá porque estou com o joelho inflamado, coisa de velho.
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É fato que por diversas razões não sai a ligação São Paulo - Santos. Algumas entendo, outras acho que é hora de serem superadas. 

Na época do Governo Montoro eu estava próximo do que acontecia e não fiquei sabendo da construção dos bicicletarios então instalados. Não sei quem fez a coisa acontecer, ou não me lembro. Talvez o Reginaldo Paiva saiba ou talvez seja ele o agente. 
​Contam que no Governo Quércia foram fechados os bicicletários por falta de uso. Moro ao lado da estação da CPTM Pinheiros e sou prova que durante anos vi uma ou duas bicicletas estacionadas lá, se tanto.  Sei que aconteceu o mesmo em outros bicicletários. 

​Tendo vivido aquela época posso dizer que um dos maiores problemas foi o erro de estratégia para melhorar a questão da bicicleta, o que realmente aconteceu. Muitas vezes foram pedidas coisas que eram irreais ou fora do tempo, o que prejudicou muito conseguir melhorar a vida de ciclistas. Infelizmente poucos sabiam ou entendiam, por diversas razões, que havia um número sensível de ciclistas, operários principalmente, circulando na Grande São Paulo, principalmente no ABC, área industrial. 

Uma coisa é o Legislativo, outra, complemente diferente, o Executivo. Eu não recomendo responsabilizar o Executivo por todos os males. Outra coisa, quem já viu o Executivo por dentro sabe que algumas vezes alguém do primeiro escalão quer, mas o projeto não sai porque o segundo ou mesmo terceiro escalão mela, para tudo. Existe uma lei sobre responsabilidade técnica nos projetos que dá mais força a um técnico concursado do que os mortais possam pensar. O projeto São Paulo Dá Pedal que tinha patrocinador para 255 km com tudo, ciclovia, ciclofaixa, partilhado, sinalização, totens, orientadores ciclistas, site, comunicação, projeto educativo.... foi negado numa canetada de terceiro escalão - ponto final. 
Outro ponto é que não se pode confundir a pressão que havia naquela época, praticamente zero, com o que aconteceu nesta década. Hoje tem bicicleta passando na cara de todo mundo , tem grupos organizados... 

​Para mim é muito mais importante dar uma força aos operários que circulam tanto pela Anchieta como Imigrantes do que abrir uma rota turística para Santos. Eu gostaria de ver acontecer os dois, mas um passo por vez. 
​Entendo a preocupação da concessionária, que não para na segurança de trânsito. Com se faz com os constantes assaltos que acontecem nas rodovias? Por que a gente não pede providências para dar mais segurança aos trabalhadores que pedalam ou caminham pela estrada?
​Também tomaria cuidado com o discurso porque temos exemplos de concessionárias que agiram. Na Ayrton Senna, em Rio Claro, e outros. Na Dutra, em Guarulhos, passava em 2011 um ciclista a cada 27 segundos em horário de pico, mas ninguém vê, ningue´m fala, ninguém se interessa. Na Ayrton Senna um grupo de funcionários implantou uma ciclovia para diminuir os constantes acidentes com operários que desapareceu e ninguém falou uma palavra. Vamos com calma com o discurso, procuremos saber o que acontece de fato para então pensar numa estratégia. 

​Ideia ou proposta apresentada ao Governo de São Paulo de uma ligação para Santos existe deste 1982, diferente desta que está ai, mas apresentada oficialmente. Não deu certo. Eu adoraria, melhor, eu sonho ver esta ligação acontecer, mas como? Qual a forma?

​Em anexo um documento de proposta para o cicloviário do Litoral Paulista. Não sei onde está o funcional. 

abraços
Arturo

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