O Estado de São Paulo
'Ser pedestre é estar aberto às experiências e ao mundo'
Boa matéria se for vista como a primeira de muitas sobre pedestres e reconstrução das cidades. Mas no box "Caminho das pedras" onde Vitor Andrade "aponta fatores importantes para melhorar as condições de mobilidade a pé nas cidades brasileiras" não está citado a melhoria da técnica utilizada no desenho das vias e implantação de sinalização, onde estamos ainda na idade medieval. Faixa de pedestre posicionada de forma a não atrapalhar o trânsito de veículos motorizados e que obriga o pedestre a caminhar muito para poder cruzar uma rua é o erro mais frequente. Não interessa à engenharia de trânsito o caminho natural do pedestre, que normalmente é uma linha o mais reta possível. Semáforos para pedestres que demoram uma eternidade. Ou inexistência de semáforo, ou pior de faixa de pedestre em áreas de intenso fluxo de pedestres, como nos acessos a parques, vide o tratamento dado ao pedestre no Parque Ibirapuera X av. Pedro Alvares Cabral ou República do Líbano; dentre tantos outros exemplos. Para a engenharia de tráfego o pedestre que se vire, pelo menos esta é a sensação. Agora, especialistas (e ativistas) não conhecerem o trabalho de Michael King junto com ITDP, dentre tantos outros, no que trata sobre os caminhos do pedestre... sem comentários. Enfim, um dos fatores cruciais para melhoria da vida do pedestre no Brasil está o respeito ao desejo de trajeto deste mesmo pedestre. Para terminar: a bronca acima vale para todos jornalistas brasileiros, que também são pedestres. Ninguém fala ou escreve uma linha sobre os problemas técnicos, ninguém. Impressionante!
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