sexta-feira, 23 de setembro de 2022

Em quem vou votar

Eu tenho certeza EM QUEM NÃO VOU VOTAR, o que já um bom caminho andado. Fundamento esta certeza no que vi, li e ouvi, e principalmente sobre o que vivi nestes anos. O Brasil tem que sair desta imbecilidade, insanidade, total inconsequência que vivemos nestes últimos muitos anos. Definitivamente não quero mais presidentes que falam o que bem lhes venha à cabeça, seja frases incompreensíveis ou afirmações profundamente desrespeitosas e ameaçadoras metralhadas a esmo. Quero um presidente, melhor, um Presidente que mereça letra maiúscula, que fale pelo Brasil, não por si ou pelo seu grupo.

Já tenho praticamente toda a chapa formada. Certeza é o voto que darei para mulheres, tanto por serem mulheres quanto pela capacidade e preparo que elas provaram ter. 
Definitivamente nunca votei em cara de santinho estampada em propaganda política entregue nas ruas e espalhada no chão. Muito menos fiz minha decisão pela propaganda eleitoral de rádio e TV, que aliás me recuso a olhar ou ouvir, e se tivesse poder simplesmente proibiria. Já fiz escolha por debate político, mas hoje também considero tempo perdido porque ninguém apresenta números, realidades, propostas realistas.
"Nós não temos alternativa (que não seja um ou outro, Lula ou Bolsonaro)" dizem. Desculpe, mas nós temos preguiça de pensar o que é preciso fazer para melhorar nossas vidas, daí não darmos atenção a discussões sérias e fundamentadas, de novo, baseadas em dados e números reais.

Renata Falzoni para deputada estadual. Urge que as mobilidades ativas tenham um representante de peso na Assembleia Legislativa do Estado. É crucial que ela entre e de preferência com votação expressiva. Renata vem a décadas lutando pelos ciclistas e bicicleta, dentre outras lutas. Quem não conhece a história desta "luta" não sabe que a ideologia de Renata sempre foi bicicleta, pedalar, qualidade de vida, bem estar. Renata faz parte de um grupo que começou a gritar pela causa muito, mas muito antes desta nova e brava geração. Entre os da antiga tinha gente de todas ideologias e pensamentos, mas que na hora de trabalhar deixava de lado as diferenças e centrava esforços pela bicicleta e o direito de pedalar. O partido politico e ideológico de Renata sempre foi e continuará sendo a bicicleta, afirmo eu. 

Simone Tebete para Presidente, por ser mulher e principalmente porque no geral suas propostas são factíveis, sensatas e principalmente urgentes. Não tenho dúvida que para o Brasil sair do ciclo de insanidade que está a muito envolvido o caminho é deixar para trás o "eu ou eles" e caminhar para uma terceira via de política mais neutra, agregadora. Ciro Gomes poderia ser minha outra opção.

José Serra para estadual. Até saber de sua candidatura minha opção seria ou pela brilhante menina Tabata ou como segunda opção pelo Kataguiri, dois jovens políticos que mostraram qualidade, mas fico com o Serra pela sua experiência, que será absolutamente crucial para esta nova legislatura. "Mas o Serra foi pego pela Lava Jato" vão dizer. O currículo na política de Serra faz com que esta investigação seja minimamente estranha; por outro lado sua história de serviços e benefícios para o Estado de São Paulo e Brasil são frequentemente citados e elogiados até pelos adversários.

Como é que é? Ku Klux Klan, que foi levado na chacota como Cuscuz Klan? Não! Não ao desrespeito às mulheres, presidente da Fundação Zumbi dos Palmares racista, citação simpática ao nazismo, golpe, ao profundo desrespeito às religiões, a fé... Como é que é? Cristo armado? Armar a população, milícias... Não existe forma de votar ou apoiar este inominável e sua tropa que está aí. Aliás, malucos somos todos nós em ter permitido que fosse tão longe, muito além de qualquer nível de aceitação. As tentativas de justificar Bolsonaro são patéticas, até quando se coloca pelo olhar da própria direita. Pior ainda. Direita é uma coisa, os seguidores de Bolsonaro é outra completamente diferente. Misturar uma coisa com outra é ofensivo. 
Conheci pela vida muitas pessoas de direita que reconhecem os problemas deste país, pensam e agem com responsabilidade social, assim como estou farto de conhecer pessoas que se dizem de esquerda e suas ações não apontam para tal, exceto pelas próprias conveniências, conveniências no plural.

Governador do Estado: Bolsonarista não, ponto final. Haddad? Sou paulista, paulistano, nasci aqui nesta cidade, São Paulo, e adoro. A administração Haddad foi um desastre sem tamanho para o Centro de São Paulo, para dizer o mínimo. O que pretendiam, leia-se administração PT, estava correto; mas em razão da forma como foi feito o resultado foi um desastre que demoraremos décadas para corrigir. Haddad perdeu a votação até nos mais fortes redutos do PT em São Paulo, não é um forte sinal. Correr o risco de repetir o mesmo brutal erro no Estado de São Paulo? 
Governo do Estado: Rodrigo Garcia.   

Senador: Uma coisa está absolutamente clara: em bolsonarista não voto. Astronauta? Nem no mundo da lua. O que aconteceu com nossa ciência nestes últimos 4 anos é deprimente, algo nunca visto em nossa história. Precisamos de senadores preparados, não lunáticos.  
A distorção do nosso sistema eleitoral é tão grande que não sabia que não sabia que Aldo Rebelo, outro que até a oposição respeita, estava disputando a eleição. Meu voto a princípio deve ir para Edson Aparecido, mas dependendo da situação vá Márcio França. 
Não tivemos debate entre os candidatos, foram poucas as notícias sobre suas pautas, ou seja, fica a pergunta: quem são eles?

Outra surpresa foi ver uma bandeira sendo agitada com o nome de Marina Silva por São Paulo, sem sombra de dúvida alguém que não pode ficar de fora. Para estadual e federal já fechei e agora faço meus melhores votos que alguns nomes entrem e outros definitivamente não.

Tem tudo nas redes sociais? Minha reclamação sobre falta de notícias não é pertinente? Não tem no rádio e na TV. Internet e redes sociais trazem consigo uma série de distorções que são mais que conhecidas, isto quando são acessíveis.

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