segunda-feira, 10 de junho de 2013

finesse tipo ciclo faixa de domingo

Domingo passado tive que circular pela Ciclo Faixa de Domingo. Tinha escolha, mas não tempo para fazer outro caminho. Me sinto desconfortável pedalando nas Ciclo Faixas. Ao contrário da maioria que tem medo do trânsito motorizado, eu tenho medo, melhor, pavou de ciclista prego, que é o que não falta em qualquer Ciclo Faixa.

Há vários tipos de pregos, mas vou dividir os que circulam soberbos e felizes dentro da segregação ciclística em duas categorias: os que não sabem pedalar e estão lá por que são conscientes de suas limitações; e os que se acham grandes ciclistas, mas que não passam de mentecaptos com ímpetos assassinos ou suicidas, o que não sei bem avaliar.
Fico feliz quando estou acompanhado de seres humanos que simplesmente pedalam para frente normalmente, o que até acontece. Mas... é um tanto frequente ficar enroscado entre os limitados que ainda precisam de uns seis meses com rodinhas e os assassinos. Desagradável.

A primeira perna do meu trajeto foi por cima, pelo espigão (Pacaembu) - Paulista - Jabaquara. Lá parei para a Missa de 7º dia do pai de Suzaninha Nogueira na capela São Judas Tadeu. De lá voltei por baixo, pela Indianópolis – República do Líbano. Se na ida fiquei louco com a falta de finesse e educação de muitos, na volta vi um acidente estúpido, típico.
Um pouco a frente da São Judas passou por mim duas meninas lindinhas, ambas vestindo o mesmo uniforme de ciclismo, pedalando bicicletas speed com sapatilhas de clipe das bacanas, capacete, luvinha, óculos..., tudo do melhor. Passaram tranquilas. No primeiro semáforo fechado as duas destravaram a sapatilha muito antes de parar, deixando o trem de aterrisagem abanando em pleno voo. Assustador! Na saída as duas só conseguiram travar o clipe depois de muito olhar para baixo. Como pode?

Mais para frente, na descida da Indianópolis, paramos de novo. A frente das lindinhas estava uma gorducha... desajeitada... abundada no selim fino e duro de uma destas maravilhas de 1,99. Abriu o sinal e a gorducha deu uma meio pedalada, para lá e para cá, para lá e para cá, ... e uma bonitinha passou impiedosa... e a gorducha se assustou e deu mais outra (zig) meia pedalada (zag)... e a segunda bonitinha foi passando... passando... raspando, raspando, raspou, raspou a gorducha... “Segura... segura...” E lá se foi a gorduchinha, cheia de chame, para o gramado do canteiro central voando sobre o guidão feito Superman... Superwoman para ser politicamente correto. A bandeirinha local encolheu a bunda... UAU! quase... e a aterrisagem se fez.
A bonitinha seguiu em frente uns 50 metros como se nada houvesse acontecido. Ouviu meus urros, olhou para trás e viu que eu a seguiria caso não parasse. Então teve a ‘delicadeza’ de voltar - quieta. A outra parou mais a frente, tipo não vi, não ouvi, não sei, não foi comigo. Só decidiu voltar quando dei um esporro pela falta de sensibilidade, de educação. E ai a lindinha olhou para minha cara e perguntou onde estava o (meu) capacete?

A tropa da CET diz que estas ciclo faixas servem para educar....

Nenhum comentário:

Postar um comentário