terça-feira, 10 de setembro de 2024

O Brasil queimando: o que não sabemos?

Fórum do Leitor 
O Estado de São Paulo 

O Brasil queimando.

A população cumpre sem saber ao certo ou sem acreditar na eficiência do que tem ou é obrigado a fazer. Os exemplos são inúmeros, tantos que podem ser considerados regras sociais brasileiras. Não resta dúvidas que a importancia da questão ambiental ainda é um tema que não chegou até a maioria da população de baixa renda, boa parte vinda de um passado de pobreza no campo. Campo, verde e pobreza tem uma ligação intima na cabeça de boa parte da população, e com toda razão. Mas é também certo que o bom entendimento sobre a gravidade do problema ambiental não está claro em todos níveis sociais e econômicos. Chique mesmo é ter uma casa num condomínio fechado, murado, no interior, cheio de ruas, casas enormes gramadinhas e seguranças por todas as partes onde antes era uma fazenda ou mesmo mata. Revolucionário é tomar áreas públicas, praças, pequenas reservas, ou, pior, corregos e nascentes em nome não só de moradias para os miseráveis.

Zé Gotinha todo brasileiro sabe quem é e, tirando os alucinados, todo respeita sem titubear. O conceito foi assimilado. O grau de civilidade dentro do metro de São Paulo é outro dentre tantos exemplos de conceito bem assimilado. 

Brasileiro realmente entende a gravidade do Brasil pegando fogo? Entende as consequências? A fumaça nas cidades passa. Sabem distinguir a questão de suas necessidades de tocar fogo para facilitar o trabalho ou livrar-se de algo que consideram lixo ou descarte? Tenho minhas sérias dúvidas.

Incêndios: Amir Klink alertou faz muito que o problema da poluição nos mares não é o plástico que se vê, mas o que não se pode ver (micro plásticos). O que não se está olhando nem vendo em relação aos incêndios, ou no "toca fogo no Brasil"? Agora, todas consequências além do fogo e clima não se fala. Não passamos e muito do ponto de começar uma discussão profunda sobre o que está acontecendo e o que vem pela frente?

Lobos nos Estados Unidos foram perseguidos e caçados até quase a extinção. Era a solução mais lógica para os fazendeiros americanos (assim como são as queimadas por aqui). Os rios secaram, o verde desapareceu, outros problemas se sucederam até afetar  produtividade humana. A solução de todos problemas veio com o retorno dos lobos, o ponto de equilíbrio do eco sistema. Temos conhecimento aqui no Brasil que possa definir um plano de recuperação de nossos sistemas? Talvez, mas quem sabe, quem conhece é ouvido? Como vender a ideia para a massa?

Qual é o plano de proteção preventiva para Cantareira, Capivari-Monos, Serra do Mar, Mata Atlântica, que circundam a região metropolitana de São Paulo? por exemplo.

E, muito importante, urge ouvir a nova direita e terraplanistas sobre o que eles pensam e como eles agiriam caso estivessem no poder lidando com esta loucura? Lembrando que o Brasil está dividido e a possibilidade da volta daquele pessoal não pode ser descartada.

Ou seja, estamos diante de uma situação gravíssima onde só são mostradas as queimadas e incêndios e seus resultados. Sim, boa forma de sensibilizar a massa, mas perigosa porque uma hora cansa.
Acreditar que o povo é completamente estúpido é um erro comprovado. Tem de tudo. O que falta é começar a trabalhar o "e o que mais?". Mesmo o mais estúpido dos estúpidos vai entender e agir corretamente, basta não fazer uma comunicação estúpida. 

segunda-feira, 9 de setembro de 2024

Seja chato. Ou vai cometer o mesmo erro que cometi: desistir?

Estou limpando os meus rascunhos, a maioria vou publicar, mesmo consciente que se pensasse em público não deveria.

Faz algum tempo tenho sido atropelado por minhas próprias ações. Não faz muito fui atropelado por um erro grosseiro de posicionamento familiar que me deixou estendido na cama, muito pior que se tivesse sido atropelado por uma betoneira. A zonzeira pós o infeliz ocorrido durou até o dia que me olhei no espelho e sorri: "Ok! Errei pesado, mas estou livre. Estou consciente e não estou nem um pouco a fins de repetir a mesma besteira de novo", e pensei isto com uma certeza que poucas vezes na vida tive.
Um dia, no meio de uma festa, tive uma morte - literalmente. Provavelmente minha glicemia zerou por alguns minutos. Voltei ao normal sem me dar conta do que tinha acontecido. No dia seguinte passei por um jardim que eu via todos dias, parei, voltei para trás e me dei conta que eu nunca tinha visto aquele jardim, aquelas flores, folhagens, arbustos, insetos..., nunca com tanta consciência. Até então eu vivia, a partir de então eu passei a viver, há uma monumental diferença aí. Mais ou menos a mesma coisa que aconteceu agora.
Aviso aos navegantes: fui atropelado emocionalmente e não fisicamente. Minha bicicleta está bem, inteira, bonitinha e funcional como sempre. Também não fui atropelado caminhando. A bem dizer, atropelei-me. 

Sou magro, alto, e não tenho um corpo forte, muito pelo contrário. Adorava jogar futebol, jogava como líbero, na frente da defesa. E cheguei a jogar algumas partidas com jogadores que participavam do campeonato municipal de várzea, o que é futebol para valer, sem moleza ou cordialidades. Lá ou você aprende a se posicionar como homem ou está morto, vão passar por cima de você, isto se não te machucarem só por diversão. E aprendi a ser respeitado, a ter uma postura que não permitisse que passassem por cima de mim. Infelizmente o aprendizado não foi replicado no dia a dia do trabalho, nem na minha vida social e de família.

Com um perfil muito crítico e um tanto agressivo, ou arrogante, ou sei lá o que, ou tudo junto, decidi que para não criar mais problemas para mim e para os outros tinha que abaixar a cabeça e aceitar o posicionamento do outro. Erro estúpido, erro grosseiro, se arrependimento matasse eu estaria morto, enterrado e virado cinzas. 

Um neto, pré adolescente, o segundo mais alto da classe, forte feito um cavalo para sua idade, outro dia foi empurrado para a grade por um baixinho, e não reagiu. Por que? Medo de machucar o baixinho aceitou a situação. Ups!

É muito difícil saber colocar-se bem numa sociedade, mais ainda nesta baderna que vivemos. Vivemos uma redefinição de valores que navega sem bussula por mares atormentados. Que seja. Mesmo em sociedades mais calmas e estáveis posicionar-se bem socialmente não é para qualquer um, mas se não é fácil, pelo menos que não se cometa erros crassos. 

Olho para trás e fico impressionado com o que consegui se comparado com o que poderia ter conseguido se não tivesse sido tão "bonzinho". Arreganhar os dentes de vez em quando faz bem, ô!, como faz.  

"Os chatos sempre conseguem mais", a frase não é minha, mas cabe bem aqui ou em qualquer momento da vida. Entenda-se, chato é o que corre atrás, o que persiste, insiste, mas... com jeitinho, educação, com respeito pelo próximo.
Peça! Reinvidinque! Proponha! Insista! se for necessário arreganhe os dentes. Seja um chato (sem exclamação! com exclamação é muito chato, aí fica chato e nada pior que um chato).

Aprenda a se posicionar socialmente. Se acha que sabe, cuidado! Olhe-se no espelho. 
Não fique em silêncio.

Aparte: rede social, como é comumente usada, não é posicionamento, mas vômito. 

Limpando rascunhos: Desenho animado da Disney de 1957 - mais uma vez, igualzinho a hoje.

Limpando os rascunhos.

Não me interessa o que você diz, me interessa o que você faz. É aí que está sua verdade. 

Me foi permitido participar de alguns grupos de Whatsapp, o que faço como ouvinte e leitor. Não faltam notícias sobre absurdos que correm nas redes sociais, mas como uma ostra (que sou) não quis ver de perto. Agora vejo. Não tem grande novidade para o que era lá atrás, muitos faz. A falta de sensatez continua exatamente a mesma. 
No Estadão de ontem, 08 de setembro, saiu uma matéria ótima sobre a forma e o porque os alemães orientais votam na extrema direita e extrema esquerda. Resumo meu: ignorância e saudosismo. Acusar os extremistas de ignorância é não se olhar no espelho, penso eu. Neste momento de vida quando passo por uma livraria ou biblioteca sinto na pele e ossos como nada sei, sou uma besta quadrada. 
Saudosismo... era melhor antes... como era boa minha vida... também é duro escapar. (Aos ciclistas: quem pedalou num passado distante sabe a merda que as bicicletas daquele tempo eram, portanto saudosismo aí não tem).
Em suma, somos todos humanos, ok, uns mais, outros menos, outros nem tanto.

Impressionante como a Disney fez desenhos animados criticando o que acontecia naquele passado dos anos 50 e 60 e que são incrivelmente atuais.

Neste que publico vai o eterno "o culpado é ele" - e ponto final? 


Exemplo fácil?

Uma das principais demandas que a população tem é a questão da segurança, parar o bang-bang. Dentro do que é segurança inclui-se segurança no trânsito, que no caso tem tudo a ver com saúde pública. Insegurança mata.

Reivindicação frequente é a melhoria no trânsito. A responsabilidade maior pelo caos recai sobre os automóveis. Dentro do movimento da bicicleta ativistas costumam dizer que "carro mata".

A premissa está certa? Carro mata?

A paródia criada pela Disney em 1957 fala exatamente sobre este julgamento que se faz das responsabilidades do automóvel, e em cima do enredo apresentado se poderia fazer exatamente a mesma responsabilização contra ônibus, caminhões, motocicletas, bicicletas.
O carton de Disney termina apresentando o óbvio: todo veículo é simplesmente uma máquina e o responsável pelas loucuras que ainda hoje vivemos são seus condutores, ou seja, nós mesmos.
Este erro de fala, porque não dizer premissa e conceito, é o que mais acontece. A culpa é sempre do outro, quem ou que quer que seja.

Nosso principal problema é a comunicação.
Comunique se bem e nem precisará chegar a ser um apoiador radical da solução correta. 
Quem não se comunica se trumbica - Chacrinha.




Para quem tiver saco, aqui está um ótimo exemplo de como não se deve reinvidicar algo. Muita explicação, muita informação desnecessário ou de conhecimento público, texto muito longo... E no final do dito manifesto as reinvidicações, estas válidas;
Autor: este que vos escreve.


2020
Eleições Municipais – Manifesto.

Hoje há muita informação. Os cadernos Mobilidade que o Estadão vem publicando são em si um manifesto. Discordo de alguns pontos apresentados, uns porque estou cansado de ver e ler a mesmice de sempre, outros porque acredito que urge darmos um pulo para o futuro. Somos, brasileiros, praticamente medievais e o futuro é certamente digital, imediato, agora, senão ontem. Nosso blá blá blá, nossa discussão infantilmente democrata, improdutiva, nos vai levar para o atraso, muito mais que já nos levou. Não dá mais. Nos falta realismo. Nos falta manifestarmos depois de pensar um pouco sobre o nos manifestaremos. Urge sair da mesmice e olhar para a realidade minimamente com bom senso. Não é o que você quer, mas o que é melhor para todos, não só seus iguais, e que pode ser de fato alcançado. Um passo por vez.

Infelizmente não encontrei o Manifesto que entregamos em 1986 e 1990, mas não difere muito deste entregue em 2008. Vale a leitura para ver o que se fez, o que mudou, o que ficou na mesma.

Manifesto para a Viabilização do Uso de Bicicletas e outros Modos de Transporte Não Motorizados para o Município
POR UMA POLÍTICA MUNICIPAL PARA NÃO MOTORIZADOS
2008

Sobre o número de ciclistas e bicicletas nas cidades brasileiras:

A bicicleta deixou de ser só um meio de lazer, esporte ou brinquedo e se tornou definitivamente uma opção de transporte.
Nestes últimos anos o número de ciclistas circulando pelo Município não pára de crescer, seja por questões de praticidade, economia ou por causa das deficiências do transporte público. Cresce seu uso, independente da faixa etária, sexo, condição social, econômica e da ausência do Poder Público no implemento de melhorias e ordenamento garantido em Lei.

Há uma imensa demanda reprimida de usuários da bicicleta, o que pode ser comprovado nos fins de semana, quando a frota de bicicletas na rua aumenta sensivelmente. Somente um terço das bicicletas existentes no país saem às ruas.

Sobre o traçado urbano e a topografia, e o uso da bicicleta:

O trânsito denso e pesado na cidade está concentrado em avenidas e vias expressas específicas o que cria ilhas de tranquilidade no interior dos bairros, que podem ser usados como excelente opção de caminhos alternativos voltado para ciclistas e outras mobilidades não motorizadas.

A desculpa da topografia acidentada não constitui problema tanto porque a maioria das bicicletas é dotada de marchas. o que permite vencer com certa facilidade até aclives acentuados. Isto faz com que o padrão técnico de declividade para uso de bicicletas existentes hoje seja outro.

A bicicleta é veículo ideal para pequenas e médias distâncias, muito eficiente até 4km. Tem uma média de velocidade urbana entre 12 e 18km/h, dependendo do número de semáforos. Sua aceleração e manutenção de velocidade tornam incompatível o convívio do ciclista com trânsito de vias expressas. Portanto é dentro dos bairros e suas ruas tranqüilas onde há a situação mais apropriada para estabelecer o uso da bicicleta.

Pensada com inteligência a bicicleta traz notáveis benefícios para o seu usuário, para a comunidade local e para a economia da cidade como um todo. Bicicleta abre as portas para um desenvolvimento urbano mais justo para todos os outros não-motorizados.

O uso da bicicleta transforma e educa para a vida.

A vida do ciclista e dos não-motorizados hoje:

Não resta dúvidas que o uso da bicicleta está e continuará crescendo, independente da presença ou vontade dos Governos, o que positivamente não é uma situação ideal. A conseqüência disto está nas poucas estatísticas que mostram o aumento de problemas.

O descuido beira o inaceitável.

Não é de interesse dos ciclistas e menos ainda de toda sociedade que, por descaso do poder público, haja mais um veículo gerando conflitos em vias que já estão no seu limite.

Esta situação pode apagar a imagem simpática que a bicicleta ainda tem, o que só faria piorar a situação.

Pela ordem e o progresso respeitando todos direitos:

Urge respeitar direitos e cumprir a Lei, fazer presente o poder público em suas obrigações com relação aos ciclistas e todos demais não-motorizados.

É conveniente abrir canais de comunicação e obter colaboração de ciclistas e outros não-motorizados experientes para a solução dos problemas.

Quem não usa veículos motorizados se encontra abandonado. É necessário rever a política de transporte para que esta inclua e integre todos os modais de transporte.

Infelizmente, parece ser necessário lembrar que todo cidadão tem direito à mobilidade, ao compartilhamento do espaço destinado ao trânsito, à saúde pública, à redução de acidentes, à preservação do meio ambiente, enfim, ao respeito e a dignidade.

É absolutamente impossível continuar negando a existência da bicicleta, do ciclista, do cadeirante, do deficiente, do pedestre e de todos outros não-motorizados.

Por uma política de trânsito democrática.
Pela criação de uma política de mobilidades amplamente inclusiva.

Pontos básicos de reivindicação:
Para todos:

1. pedestres!: lembrar sempre que nós todos somos pedestres!

2. iniciar política voltada para todas as mobilidades.

3. respeitar os direitos de menores, idosos e não motorizados

4. inclusão em curto prazo de pessoas com necessidades especiais (15% da população)

Para o estímulo ao uso da bicicleta;
Levantamento geral da situação atual:
Mapeamento feito sob o ponto de vista do ciclista
Campanha Educativa
Educação para o Trânsito voltada para Crianças e Adolescentes
Bicicletários, pára-ciclos e estacionamentos
Criação de órgão responsável pelas bicicletas e não-motorizados para o Município e área Metropolitana
Dar treinamento específico para policiais e técnicos
Criação de Polícia-ciclística
Formação de orientadores / professores de segurança ciclistas
Banco de dados específico
Contato com entidades representativas de motorizados
Rever Leis e tomar providências necessárias
Levar em conta todas alternativas - não restringir se a ciclovias
Planejamento e execução de projeto melhorias: Ciclorede
Colocar na rua orientadores / professores de segurança no trânsito voltados para o ciclista comum, que trabalhem pedalando e vivenciando os problemas da bicicleta > educação + pesquisa = banco de dados = segurança = menor custo
Cadastramento e controle imediato das bicicletas profissionais – bicicletas de carga / entrega, definindo responsabilidades.
Criar facilidades em estradas que cortam o Município.
Criar áreas de treinamento esportivo
Definir responsabilidade legal sobre a criança ciclista e uso de calçada
Definir regras de uso em parques e espaços públicos
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Escola Blogspot
25 de Junho de 2018

Manifesto a todos candidatos das eleições de 2018
Pela redução imediata do genocídio no trânsito e pela reconstrução para cidades menos violentas

CONTRAN:
Ter um CONTRAN dinâmico, ligado à realidade, às rapidíssimas mudanças que estamos vivendo. As respostas são absurdamente lentas para a carnificina que temos.
Aprovação de sinalização própria para ciclistas e outros transportes ativos
Ser realista
Derrubar o uso indiscriminado de pintura vermelha em ciclovias e ciclofaixas. Racionalizar os recursos. Dar inteligência.
Imediata regulamentação de luzes e faroletes para bicicletas. Regulamentar pisca-pisca
Estradas conurbadas – caminho de trabalhadores – estudar e dar solução para os movimentações ativas: ciclistas, pedestres,...
Multas: estabelecer critérios que priorizem a segurança e preservação da vida. A indústria da multa, existente ou não, tira autoridade, o que é péssimo para a segurança no trânsito. Evitar pegadinhas

Congresso Nacional:
Unificar B.O.s em todos níveis, Municipal, Estadual, Federal – Guarda Municipal, Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Rodoviária, Polícia Federal
Unificar banco de dados sobre multas, acidentes e mortos. Regionalizar
Melhorar condição de trabalho das polícias Técnica, Científica e Legista
IBGE: mapear e cruzar dados sobre mortes violentas e outros tipos de violência e acidentes de trânsito
IBGE: incluir levantamento número de bicicletas, de ciclistas, outras mobilidades ativas e seus modais, no Brasil.
Fazer seminário ou congresso periódico de âmbito nacional com todos
Estabelecer normas para intermodais.
Banco de dados nacional sobre roubos de bicicletas – parece bobagem, mas é uma questão seríssima, influenciando na segurança geral, vide situação nas grandes capitais do mundo e em especial na Holanda
Iniciar trabalhos com vista a criação de sistemas cicloviários intermunicipais, regionais e metropolitanos
Vincular construção de novas estradas às movimentações, segurança e bem estar da população não usuária de veículos motores
Estradas conurbadas: ver legislação e fazer modificações necessárias para resolver as questões de segurança de pedestres e ciclistas. As soluções atuais tem se mostrado impróprias na maioria dos casos.
CTB, Código de Trânsito Brasileiro:
Rever CTB: estabelecer vias como espaços públicos e espaços privados de uso público, dando suporte legal a nova dinâmica de vida que todas as cidades não só do Brasil estão ganhando. O padrão ainda rodoviarista está sendo revisto em todo mundo
Ver a questão de transporte como mobilidades humanas e transporte para cargas
Mudar padrões técnicos de geometria viária de forma a dar mais segurança, conforto e prazer a todos transportes ativos.
Imediata ação para minimizar problemas causados por estradas conurbadas. Repensar conceitos para vias expressas
Rever as leis, e seus conceitos, sobre dinâmica e eficiência linear das movimentações em vias públicas (exemplos: diferentes velocidades para momentos diferentes do dia e local; rever os conceitos de semaforização, sinalização horizontal e vertical; uso de inteligência para os fluxos, no que estamos atrasados décadas...)
Iniciar estudos, colher dados, informações, e fazer pensar os caminhos que as redes sociais darão às cidades de hoje e de amanhã. Propor regulamentações e leis específicas.
Rever legislação e normas sobre vias sobrepostas: viadutos, túneis, anéis viários, vias expressas...

Bicicletas e Mobilidades ativas:
Estudar e propor soluções para a questão de todos veículos elétricos individuais de pequeno porte - monociclos, patinetes, bicicletas, mini scooters, segway.…
Criar e regulamentar sinalização própria para ciclistas e mobilidades ativas. Continuar a usar sinalização comum a todo trânsito motorizado para ciclistas cria uma série de confusões perigosas. A dinâmica de leitura da sinalização por quem se transporta de maneira ativa é muito diferente.

Educação:
Criar sistema educacional realista para crianças e escolas. Fazer as crianças brincar de adultos talvez não seja o único nem o melhor caminho para educação infantil.
Ser realista: entender a situação local e trabalhar segurança no trânsito comendo o mingau quente pelas bordas. A lei pela lei, o CTB como única salvação, só amplia o gravíssimo problema de segurança que temos no país. Na atual situação o CTB não tem a legitimidade que deveria.
Ciclistas e pedestres estão praticamente no mesmo barco (para não citar pessoas com deficiência e outros). É inaceitável a falta de cortesia (para dizer o mínimo) dos ciclistas para com os pedestres, fato infelizmente comum. Não só com eles, mas com outros ciclistas também. Se faz urgente um plano de educação para os ciclistas.

Cidade; urbanismo, outras mobilidades:
Obrigar a existência de mapas urbanos com um mínimo de três níveis: solo, subsolo e corte das construções. Sem mapeamento é literalmente impossível resolver grande parte dos problemas que temos de transportes. Mais: sem mapeamento estamos condenados não acompanhar o desenvolvimento urbano necessário para as cidades tecnológicas, o que representa riscar o Brasil do mapa dos países em desenvolvimento
Pensar desenho urbano de favelas e suas mobilidades

Ciclismo esportivo
Cicloturismo
Cicloturismo e ciclismo esportivo é realidade, fato consumado, e precisa ser tratado com realismo. A tendência irreversível é crescimento constante
Formalizar, sinalizar, tomar providências para estradas que já são caminhos de romeiros ou áreas de treinamento de ciclistas
Estradas conurbadas – problema seríssimo
Estradas vicinais
Acostamentos – manutenção
Uso de federações e clubes de cicloturismo para educar ciclistas
Definir normas e treinar Polícias Rodoviárias

Dá para entregar um Manifesto pedindo presteza e bom senso? Até dá, mas duvido que tenha qualquer efeito. Não somos afeitos à eficiência. Efeito; eficiente; tem a mesma raiz? Devem ter, caso não seja está decretado.
Quando começamos a entregar manifestos pró bicicleta aos candidatos, a partir de 1986, tínhamos a esperança que algo iria acontecer por pura inocência. Não sei o quanto o esforço dos manifestos tem haver com o que está acontecendo, mas se teve foi depois de muita espera, e põe espera aí.
Não dá para parar de pressionar, isto é certo. Como não dá para ficar esperando. Quem espera nunca alcança. Por isto no site da Escola de Bicicleta recomendamos que os manifestos sejam realistas, o que sei que no meio deste surto de esquizofrenia é algo meio difícil.

No Direto da Fonte da ótima Sonia Racy (05 de Outubro de 2020) veio esta entrevista com Carlos Jereissati Filho onde ele fala sobre o problema da demora geral que temos aqui no Brasil para as coisas acontecerem. Quem tem assinatura vai poder ler a ótima entrevista completa ou então leiam o trecho que fiz o scanner
https://cultura.estadao.com.br/blogs/direto-da-fonte/precisamos-da-reforma-administrativa-antes-diz-carlos-jereissati-filho-do-iguatemi/

Juntando a entrevista do Carlos Jereissati com o que o que digo aqui: ou as mudanças acontecem já ou estamos fritos. Esta demora sem fim não é só responsabilidade do poder público, é de todos nós. Se manifestar pressionando por coisas erradas, inviáveis, absurdas, cria problemas novos e dificulta mais ainda obter bons resultados. Exemplos triviais:
estimular o uso da bicicleta sem educar o ciclista criou sérios problemas para pedestres, para os próprios ciclistas, dentre outros.
falar só em ciclovia e ciclofaixa dificulta a implantação de sistemas cicloviários onde não é necessário segregação do ciclista, principalmente em internos de bairros, onde acalmamento de trânsito ajudaria na segurança de todos, principalmente crianças, idosos e pessoas com problemas de mobilidade.
o discurso "todo motorista é assassino" foi e continua sendo absolutamente contra produtivo em termos de segurança porque cria um inimigo. E definitivamente não é verdade
acidentes entre ciclistas são comuns em ciclovias e ciclofaixas, mas ninguém fala.
só colocar foco no ciclista limita muito o pensar outras mobilidades ativas
tem que fazer, tem que implantar é completamente diferente de qualidade. Não é o quanto, mas o como...
etc...

Limpando rascunhos: a demora geral brasileira para acontecer

Limpando rascunhos.
Só consigo revisar no celular, portanto desculpem os erros da primeira publicação

Uau! Faz tempo e continua exatamente a mesma coisa? Upa! Espero que seja para pensar.

No Direto da Fonte da ótima Sonia Racy (05 de Outubro de 2020) veio esta entrevista com Carlos Jereissati Filho onde ele fala sobre o problema da demora geral que temos aqui no Brasil para as coisas acontecerem. Quem tem assinatura vai poder ler a ótima entrevista completa ou então leiam o trecho que fiz o scanner
https://cultura.estadao.com.br/blogs/direto-da-fonte/precisamos-da-reforma-administrativa-antes-diz-carlos-jereissati-filho-do-iguatemi/

Juntando a entrevista do Carlos Jereissati com o que o que digo aqui: ou as mudanças acontecem já ou estamos fritos. Esta demora sem fim não é só responsabilidade do poder público, é de todos nós. Se manifestar pressionando por coisas erradas, inviáveis, absurdas, cria problemas novos e dificulta mais ainda obter bons resultados. Exemplos triviais:
  • estimular o uso da bicicleta sem educar o ciclista criou sérios problemas para pedestres, para os próprios ciclistas, dentre outros.
  • falar só em ciclovia e ciclofaixa dificulta a implantação de sistemas cicloviários onde não é necessário segregação do ciclista, principalmente em internos de bairros, onde acalmamento de trânsito ajudaria na segurança de todos, principalmente crianças, idosos e pessoas com problemas de mobilidade
  • o discurso "todo motorista é assassino" foi e continua sendo absolutamente contra produtivo em termos de segurança porque cria um inimigo. E definitivamente não é verdade
  • acidentes entre ciclistas são comuns em ciclovias e ciclofaixas, mas ninguém fala
  • só colocar foco no ciclista limita muito o pensar outras mobilidades ativas
tem que fazer, tem que implantar é completamente diferente de qualidade. Não é o quanto, mas o como...
etc...

O nosso circo está pegando fogo, na metáfora e no literal. O povo vai ficar quieto? Uau!

Para quem tiver saco, aqui está um ótimo exemplo de como não se deve reinvidicar algo. Muita explicação, muita informação desnecessário ou de conhecimento público, texto muito longo... E no final do dito manifesto as reinvidicações, estas válidas:

Autor: este que vos escreve.


Dá para entregar um Manifesto pedindo presteza e bom senso? Até dá, mas duvido que tenha qualquer efeito. Não somos afeitos à eficiência. Efeito; eficiente; tem a mesma raiz? Devem ter, caso não seja está decretado.
Quando começamos a entregar manifestos pró bicicleta aos candidatos, a partir de 1986, tínhamos a esperança que algo iria acontecer por pura inocência. Não sei o quanto o esforço dos manifestos tem haver com o que está acontecendo, mas se teve foi depois de muita espera, e põe espera aí.
Não dá para parar de pressionar, isto é certo. Como não dá para ficar esperando. Quem espera nunca alcança. Por isto no site da Escola de Bicicleta recomendamos que os manifestos sejam realistas, o que sei que no meio deste surto de esquizofrenia é algo meio difícil.


2020
Eleições Municipais – Manifesto.

Hoje há muita informação. Os cadernos Mobilidade que o Estadão vem publicando são em si um manifesto. Discordo de alguns pontos apresentados, uns porque estou cansado de ver e ler a mesmice de sempre, outros porque acredito que urge darmos um pulo para o futuro. Somos, brasileiros, praticamente medievais e o futuro é certamente digital, imediato, agora, senão ontem. Nosso blá blá blá, nossa discussão infantilmente democrata, improdutiva, nos vai levar para o atraso, muito mais que já nos levou. Não dá mais. Nos falta realismo. Nos falta manifestarmos depois de pensar um pouco sobre o nos manifestaremos. Urge sair da mesmice e olhar para a realidade minimamente com bom senso. Não é o que você quer, mas o que é melhor para todos, não só seus iguais, e que pode ser de fato alcançado. Um passo por vez.

Infelizmente não encontrei o Manifesto que entregamos em 1986 e 1990, mas não difere muito deste entregue em 2008. Vale a leitura para ver o que se fez, o que mudou, o que ficou na mesma.

Manifesto para a Viabilização do Uso de Bicicletas e outros Modos de Transporte Não Motorizados para o Município
POR UMA POLÍTICA MUNICIPAL PARA NÃO MOTORIZADOS
2008

Sobre o número de ciclistas e bicicletas nas cidades brasileiras:

A bicicleta deixou de ser só um meio de lazer, esporte ou brinquedo e se tornou definitivamente uma opção de transporte.
Nestes últimos anos o número de ciclistas circulando pelo Município não pára de crescer, seja por questões de praticidade, economia ou por causa das deficiências do transporte público. Cresce seu uso, independente da faixa etária, sexo, condição social, econômica e da ausência do Poder Público no implemento de melhorias e ordenamento garantido em Lei.

Há uma imensa demanda reprimida de usuários da bicicleta, o que pode ser comprovado nos fins de semana, quando a frota de bicicletas na rua aumenta sensivelmente. Somente um terço das bicicletas existentes no país saem às ruas.

Sobre o traçado urbano e a topografia, e o uso da bicicleta:

O trânsito denso e pesado na cidade está concentrado em avenidas e vias expressas específicas o que cria ilhas de tranquilidade no interior dos bairros, que podem ser usados como excelente opção de caminhos alternativos voltado para ciclistas e outras mobilidades não motorizadas.

A desculpa da topografia acidentada não constitui problema tanto porque a maioria das bicicletas é dotada de marchas. o que permite vencer com certa facilidade até aclives acentuados. Isto faz com que o padrão técnico de declividade para uso de bicicletas existentes hoje seja outro.

A bicicleta é veículo ideal para pequenas e médias distâncias, muito eficiente até 4km. Tem uma média de velocidade urbana entre 12 e 18km/h, dependendo do número de semáforos. Sua aceleração e manutenção de velocidade tornam incompatível o convívio do ciclista com trânsito de vias expressas. Portanto é dentro dos bairros e suas ruas tranqüilas onde há a situação mais apropriada para estabelecer o uso da bicicleta.

Pensada com inteligência a bicicleta traz notáveis benefícios para o seu usuário, para a comunidade local e para a economia da cidade como um todo. Bicicleta abre as portas para um desenvolvimento urbano mais justo para todos os outros não-motorizados.

O uso da bicicleta transforma e educa para a vida.

A vida do ciclista e dos não-motorizados hoje:

Não resta dúvidas que o uso da bicicleta está e continuará crescendo, independente da presença ou vontade dos Governos, o que positivamente não é uma situação ideal. A conseqüência disto está nas poucas estatísticas que mostram o aumento de problemas.

O descuido beira o inaceitável.

Não é de interesse dos ciclistas e menos ainda de toda sociedade que, por descaso do poder público, haja mais um veículo gerando conflitos em vias que já estão no seu limite.

Esta situação pode apagar a imagem simpática que a bicicleta ainda tem, o que só faria piorar a situação.

Pela ordem e o progresso respeitando todos direitos:

Urge respeitar direitos e cumprir a Lei, fazer presente o poder público em suas obrigações com relação aos ciclistas e todos demais não-motorizados.

É conveniente abrir canais de comunicação e obter colaboração de ciclistas e outros não-motorizados experientes para a solução dos problemas.

Quem não usa veículos motorizados se encontra abandonado. É necessário rever a política de transporte para que esta inclua e integre todos os modais de transporte.

Infelizmente, parece ser necessário lembrar que todo cidadão tem direito à mobilidade, ao compartilhamento do espaço destinado ao trânsito, à saúde pública, à redução de acidentes, à preservação do meio ambiente, enfim, ao respeito e a dignidade.

É absolutamente impossível continuar negando a existência da bicicleta, do ciclista, do cadeirante, do deficiente, do pedestre e de todos outros não-motorizados.

Por uma política de trânsito democrática.
Pela criação de uma política de mobilidades amplamente inclusiva.

Pontos básicos de reivindicação:
Para todos:

1. pedestres!: lembrar sempre que nós todos somos pedestres!

2. iniciar política voltada para todas as mobilidades.

3. respeitar os direitos de menores, idosos e não motorizados

4. inclusão em curto prazo de pessoas com necessidades especiais (15% da população)

Para o estímulo ao uso da bicicleta;
Levantamento geral da situação atual:
Mapeamento feito sob o ponto de vista do ciclista
Campanha Educativa
Educação para o Trânsito voltada para Crianças e Adolescentes
Bicicletários, pára-ciclos e estacionamentos
Criação de órgão responsável pelas bicicletas e não-motorizados para o Município e área Metropolitana
Dar treinamento específico para policiais e técnicos
Criação de Polícia-ciclística
Formação de orientadores / professores de segurança ciclistas
Banco de dados específico
Contato com entidades representativas de motorizados
Rever Leis e tomar providências necessárias
Levar em conta todas alternativas - não restringir se a ciclovias
Planejamento e execução de projeto melhorias: Ciclorede
Colocar na rua orientadores / professores de segurança no trânsito voltados para o ciclista comum, que trabalhem pedalando e vivenciando os problemas da bicicleta > educação + pesquisa = banco de dados = segurança = menor custo
Cadastramento e controle imediato das bicicletas profissionais – bicicletas de carga / entrega, definindo responsabilidades.
Criar facilidades em estradas que cortam o Município.
Criar áreas de treinamento esportivo
Definir responsabilidade legal sobre a criança ciclista e uso de calçada
Definir regras de uso em parques e espaços públicos
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Escola Blogspot
25 de Junho de 2018

Manifesto a todos candidatos das eleições de 2018
Pela redução imediata do genocídio no trânsito e pela reconstrução para cidades menos violentas

CONTRAN:
Ter um CONTRAN dinâmico, ligado à realidade, às rapidíssimas mudanças que estamos vivendo. As respostas são absurdamente lentas para a carnificina que temos.
Aprovação de sinalização própria para ciclistas e outros transportes ativos
Ser realista
Derrubar o uso indiscriminado de pintura vermelha em ciclovias e ciclofaixas. Racionalizar os recursos. Dar inteligência.
Imediata regulamentação de luzes e faroletes para bicicletas. Regulamentar pisca-pisca
Estradas conurbadas – caminho de trabalhadores – estudar e dar solução para os movimentações ativas: ciclistas, pedestres,...
Multas: estabelecer critérios que priorizem a segurança e preservação da vida. A indústria da multa, existente ou não, tira autoridade, o que é péssimo para a segurança no trânsito. Evitar pegadinhas

Congresso Nacional:
Unificar B.O.s em todos níveis, Municipal, Estadual, Federal – Guarda Municipal, Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Rodoviária, Polícia Federal
Unificar banco de dados sobre multas, acidentes e mortos. Regionalizar
Melhorar condição de trabalho das polícias Técnica, Científica e Legista
IBGE: mapear e cruzar dados sobre mortes violentas e outros tipos de violência e acidentes de trânsito
IBGE: incluir levantamento número de bicicletas, de ciclistas, outras mobilidades ativas e seus modais, no Brasil.
Fazer seminário ou congresso periódico de âmbito nacional com todos
Estabelecer normas para intermodais.
Banco de dados nacional sobre roubos de bicicletas – parece bobagem, mas é uma questão seríssima, influenciando na segurança geral, vide situação nas grandes capitais do mundo e em especial na Holanda
Iniciar trabalhos com vista a criação de sistemas cicloviários intermunicipais, regionais e metropolitanos
Vincular construção de novas estradas às movimentações, segurança e bem estar da população não usuária de veículos motores
Estradas conurbadas: ver legislação e fazer modificações necessárias para resolver as questões de segurança de pedestres e ciclistas. As soluções atuais tem se mostrado impróprias na maioria dos casos.
CTB, Código de Trânsito Brasileiro:
Rever CTB: estabelecer vias como espaços públicos e espaços privados de uso público, dando suporte legal a nova dinâmica de vida que todas as cidades não só do Brasil estão ganhando. O padrão ainda rodoviarista está sendo revisto em todo mundo
Ver a questão de transporte como mobilidades humanas e transporte para cargas
Mudar padrões técnicos de geometria viária de forma a dar mais segurança, conforto e prazer a todos transportes ativos.
Imediata ação para minimizar problemas causados por estradas conurbadas. Repensar conceitos para vias expressas
Rever as leis, e seus conceitos, sobre dinâmica e eficiência linear das movimentações em vias públicas (exemplos: diferentes velocidades para momentos diferentes do dia e local; rever os conceitos de semaforização, sinalização horizontal e vertical; uso de inteligência para os fluxos, no que estamos atrasados décadas...)
Iniciar estudos, colher dados, informações, e fazer pensar os caminhos que as redes sociais darão às cidades de hoje e de amanhã. Propor regulamentações e leis específicas.
Rever legislação e normas sobre vias sobrepostas: viadutos, túneis, anéis viários, vias expressas...

Bicicletas e Mobilidades ativas:
Estudar e propor soluções para a questão de todos veículos elétricos individuais de pequeno porte - monociclos, patinetes, bicicletas, mini scooters, segway.…
Criar e regulamentar sinalização própria para ciclistas e mobilidades ativas. Continuar a usar sinalização comum a todo trânsito motorizado para ciclistas cria uma série de confusões perigosas. A dinâmica de leitura da sinalização por quem se transporta de maneira ativa é muito diferente.

Educação:
Criar sistema educacional realista para crianças e escolas. Fazer as crianças brincar de adultos talvez não seja o único nem o melhor caminho para educação infantil.
Ser realista: entender a situação local e trabalhar segurança no trânsito comendo o mingau quente pelas bordas. A lei pela lei, o CTB como única salvação, só amplia o gravíssimo problema de segurança que temos no país. Na atual situação o CTB não tem a legitimidade que deveria.
Ciclistas e pedestres estão praticamente no mesmo barco (para não citar pessoas com deficiência e outros). É inaceitável a falta de cortesia (para dizer o mínimo) dos ciclistas para com os pedestres, fato infelizmente comum. Não só com eles, mas com outros ciclistas também. Se faz urgente um plano de educação para os ciclistas.

Cidade; urbanismo, outras mobilidades:
Obrigar a existência de mapas urbanos com um mínimo de três níveis: solo, subsolo e corte das construções. Sem mapeamento é literalmente impossível resolver grande parte dos problemas que temos de transportes. Mais: sem mapeamento estamos condenados não acompanhar o desenvolvimento urbano necessário para as cidades tecnológicas, o que representa riscar o Brasil do mapa dos países em desenvolvimento
Pensar desenho urbano de favelas e suas mobilidades

Ciclismo esportivo
Cicloturismo
Cicloturismo e ciclismo esportivo é realidade, fato consumado, e precisa ser tratado com realismo. A tendência irreversível é crescimento constante
Formalizar, sinalizar, tomar providências para estradas que já são caminhos de romeiros ou áreas de treinamento de ciclistas
Estradas conurbadas – problema seríssimo
Estradas vicinais
Acostamentos – manutenção
Uso de federações e clubes de cicloturismo para educar ciclistas
Definir normas e treinar Polícias Rodoviárias


domingo, 8 de setembro de 2024

Eleição, hora de manifestar-se



Ok. Não falo mais sobre política. Depois de rever este Looney Tunes vejo que minhas palavras são completamente desnecessárias. No café da manhã é revigorante. Ria da vida ou vida vai rir de você.



Mesmo assim, chato que sou, deixo o que estava escrevendo. Pelo menos o croqui...

....poluição sonora nas cidades. Na hora da eleição explodem os problemas. Depois eles passam ou são esquecidos...

...brasileiro fica doente de segunda a sexta. Nos fins de semana os hospitais ficam vazios...

E aí eu ia fazer uma ligação sobre o que estamos vivendo com um velho manifesto. O desenho animado é muito mais explicativo.

Beijos e abraços 



Manifesto para a Viabilização do Uso de Bicicletas e outros Modos de Transporte Não Motorizados para o Município

POR UMA POLÍTICA MUNICIPAL PARA NÃO MOTORIZADOS

Sobre o número de ciclistas e bicicletas nas cidades brasileiras

A bicicleta deixou de ser só um meio de lazer, esporte ou brinquedo e se tornou definitivamente uma opção de transporte.

Nestes últimos anos o número de ciclistas circulando pelo Município não pára de crescer, seja por questões de praticidade, economia ou por causa das deficiências do transporte público. Cresce seu uso, independente da faixa etária, sexo, condição social, econômica e da ausência do Poder Público no implemento de melhorias e ordenamento garantido em Lei.

Há uma imensa demanda reprimida de usuários da bicicleta, o que pode ser comprovado nos fins de semana, quando a frota de bicicletas na rua aumenta sensivelmente. Somente um terço das bicicletas existentes no país saem às ruas.

Sobre o traçado urbano e a topografia, e o uso da bicicleta:

O trânsito denso e pesado na cidade está concentrado em avenidas e vias expressas específicas o que cria ilhas de tranquilidade no interior dos bairros, que podem ser usados como excelente opção de caminhos alternativos voltado para ciclistas e outras mobilidades não motorizadas.

A desculpa da topografia acidentada não constitui problema tanto porque a maioria das bicicletas é dotada de marchas. o que permite vencer com certa facilidade até aclives acentuados. Isto faz com que o padrão técnico de declividade para uso de bicicletas existentes hoje seja outro.

A bicicleta é veículo ideal para pequenas e médias distâncias, muito eficiente até 4km. Tem uma média de velocidade urbana entre 12 e 18km/h, dependendo do número de semáforos. Sua aceleração e manutenção de velocidade tornam incompatível o convívio do ciclista com trânsito de vias expressas. Portanto é dentro dos bairros e suas ruas tranqüilas onde há a situação mais apropriada para estabelecer o uso da bicicleta.

Pensada com inteligência a bicicleta traz notáveis benefícios para o seu usuário, para a comunidade local e para a economia da cidade como um todo. Bicicleta abre as portas para um desenvolvimento urbano mais justo para todos os outros não-motorizados.

O uso da bicicleta transforma e educa para a vida.

A vida do ciclista e dos não-motorizados hoje

Não resta dúvidas que o uso da bicicleta está e continuará crescendo, independente da presença ou vontade dos Governos, o que positivamente não é uma situação ideal. A conseqüência disto está nas poucas estatísticas que mostram o aumento de problemas.

O descuido beira o inaceitável.

Não é de interesse dos ciclistas e menos ainda de toda sociedade que, por descaso do poder público, haja mais um veículo gerando conflitos em vias que já estão no seu limite.

Esta situação pode apagar a imagem simpática que a bicicleta ainda tem, o que só faria piorar a situação.

Pela ordem e o progresso respeitando todos direitos.

Urge respeitar direitos e cumprir a Lei, fazer presente o poder público em suas obrigações com relação aos ciclistas e todos demais não-motorizados.

É conveniente abrir canais de comunicação e obter colaboração de ciclistas e outros não-motorizados experientes para a solução dos problemas.

Quem não usa veículos motorizados se encontra abandonado. É necessário rever a política de transporte para que esta inclua e integre todos os modais de transporte.

Infelizmente, parece ser necessário lembrar que todo cidadão tem direito à mobilidade, ao compartilhamento do espaço destinado ao trânsito, à saúde pública, à redução de acidentes, à preservação do meio ambiente, enfim, ao respeito e a dignidade.

É absolutamente impossível continuar negando a existência da bicicleta, do ciclista, do cadeirante, do deficiente, do pedestre e de todos outros não-motorizados.

Por uma política de trânsito democrática.

Pela criação de uma política de mobilidades amplamente inclusiva.

Pontos básicos de reivindicação:


Para todos:

pedestres!: lembrar sempre que nós todos somos pedestres!

iniciar política voltada para todas as mobilidades.

respeitar os direitos de menores, idosos e não motorizados

inclusão em curto prazo de pessoas com necessidades especiais (15% da população)


Para o estímulo ao uso da bicicleta:

Levantamento geral da situação atual:

Mapeamento feito sob o ponto de vista do ciclista

Campanha Educativa

Educação para o Trânsito voltada para Crianças e Adolescentes

Bicicletários, pára-ciclos e estacionamentos

Criação de órgão responsável pelas bicicletas e não-motorizados para o Município e área Metropolitana

Dar treinamento específico para policiais e técnicos

Criação de Polícia-ciclística

Formação de orientadores / professores de segurança ciclistas

Banco de dados específico

Contato com entidades representativas de motorizados

Rever Leis e tomar providências necessárias

Levar em conta todas alternativas - não restringir se a ciclovias

Planejamento e execução de projeto melhorias: Ciclorede

Colocar na rua orientadores / professores de segurança no trânsito voltados para o ciclista comum, que trabalhem pedalando e vivenciando os problemas da bicicleta > educação + pesquisa = banco de dados = segurança = menor custo

Cadastramento e controle imediato das bicicletas profissionais – bicicletas de carga / entrega, definindo responsabilidades.

Criar facilidades em estradas que cortam o Município.

Criar áreas de treinamento esportivo

Definir responsabilidade legal sobre a criança ciclista e u

so de calçada

Definir regras de uso em parques e espaços públicos

quinta-feira, 5 de setembro de 2024

"Quanto pior melhor"? Tem como controlar os incêndios?

Fórum do Leitor
O Estado de São Paulo

Incêndios criminosos. Dos casos suspeitos, quantos são investigados? Qual é o índice de resolução e julgamento? Dos condenados, quantos cumprem pena ou pagam multa? Dos que cumpriram pena, quantos são reincidentes? 
Enfim, com a eficiência de nosso sistema judiciário, qual é a perspectiva de frear o absurdo ambiental que vivemos?
Aliás, alguém tem algum número que dê alguma noção da situação real que vivemos? Não o número de incêndios, mas o que está por trás.

As perguntas são pertinentes, os inúmeros casos absurdos que temos nas cidades são prova cabal. Roubo de cabos elétricos na CPTM e CET, por exemplo, muitos deles filmados, não se sabe se sequer são investigados ou não, mas se tem certeza que são intermináveis. Dentre tantos outros casos, isto dentro da cidade, área limitada com densidade populacional, onde há uma estrutura montada de policiamento e investigativo, com provas paupáveis, endereço certo, etc... 
No campo, nas matas, no cerrado..., áreas imensas pouco povoadas, cheias de ameaças?

Faz anos que alguém aqui nos Jardins está mudando criminosamente a posição de semáforos. Fazê-lo demanda uma escada, uma chave 17 ou 19 mm, soltar parafusos, reposicionar o semáforo e suas as luzes, prender tudo de novo, pegar a escada e ir embora sem que ninguém perceba, não importa que seja em frente a guarita da rua e que a rua tenha 24 horas motos de segurança circulando. Você pergunta e ninguém viu, ninguém vê, ninguém sabe como aquilo aconteceu. Você denuncia e cai no vazio. Você conversa com os marrozinhos da CET e alguns deles falam sobre o assunto, outros nunca perceberam nada, nunca ouviram falar, mesmo que a conversa se dê debaixo de um dos semáforos que foram criminosamente mudados de posição - fato ocorrido.

Tudo indica que os incêndios vão continuar porque o poder público, o estado, não tem mão forte, mão pesada, que no caso dos incêndios criminosos se faz mais que necessária. As notícias que para uma área imensa, floresta a perder de vista, se tem 150 brigadistas acaba sendo deprimente. Só? Quantos seriam realmente necessários? Melhor, o que urge para o controle desta loucura infernal que vivemos? 

O Brasil sempre viveu um "toca fogo no circo", um "quanto pior, melhor". O resultado está aí. Pode apostar nisto!