Muitos ao ler o título deste texto vão pensar imediatamente "Capetão Cloroquina". Não, não me refiro a ele. Primeiro, eu não ofenderia o diabo. Segundo, o capitão de pobre não tem nada. Por último eu o considero inominável, a não ser pelo próprio nome que espero seja realmente messiânico e fique marcado como adjetivo para algo muito além do mal, mais além do ignóbil. Dito isto, vamos em frente.
Quem não teve vontade de matar aquele que incomoda, é chato, ou comporta-se de maneira socialmente inapropriada, o pobre diabo. Afinal, que mal faria matar uns e outros? Em pensamento talvez seja um alívio, mas matar para valer geralmente não compensa. O pós geralmente é, vamos dizer, desagradável, ineficiente.
Qual é o problema?
- É normal. Garanto que não é só você que quer matar o velho.
No caso aqui o problema é, por ironia do intestino, o texto for lido por quem se sentiria ofendido. Sim, ironia do intestino, porque pode dar merda.
Se posso fazer uma sacanagem ou matar em palavras e pensamentos porque não fazê-lo com requintes?
Politicamente incorreto? Bom, ser politicamente correto para mim é coisa de gente que é religiosamente correta, segue a cartilha e a catequese que lhe convém. Medo mesmo, dependendo é pânico na cabeça, tenho é destes religiosamente corretos. Estes deixo ao juízo final de Deus. 👍👍👍👍👿👍
Rir de piadas ou comentários politicamente incorretos é sinal de inteligência, diz a ciência. Soltar uma barbaridade "politicamente incorreta" não necessariamente é concordar com a barbaridade, mas se expressar da forma que consegue, que está habituado no trivial.
Procissão é o carnaval das carolas. Já há as que sequer conseguem e se resumem a pagar o dízimo pelo aplicativo. Aleluia! Viva a santa inquisição! Para o inferno com os libertinos! Tudo pela causa!
Quanto mais aberta a sociedade mais eficiente ela é, foi, será, isto inclui suas formas de expressão.
Por outro lado, sociedades violentas não funcionam, não resta a mais remota dúvida. Rir é violento?
Chico Anísio faria sucesso em nosso tempo, ou seja, desde o nascimento do politicamente correto, ou seria execrado, preso e condenado? Seria queimado na fogueira ou fuzilado? Incluí as diversas pontas de religiosos radicais, os de fé e os de ideologia, e isto infelizmente não é piada nem politicamente incorreta, mas real.
"Eu mato, eu mato, quem roubou minha cueca para fazer pano de prato" diz o divertido refrão da música de carnaval que adoro e vivo cantando.
Vira e mexe, melhor, com frequência falo barbaridades. Amo todos aqueles com os quais posso jogar ping-pong de barbaridades. Só me culpo quando sou inapropriado com desconhecidos que não entendem e se ofendem com minha língua ferina. Humor é uma questão de timing e só funciona no fio da navalha. Mas entre iguais se não falo besteiras fico com algo entalado na garganta e o desentalar é o que me faz ser mais aberto, justo.
Erra quem acredita que o pobre diabo é o outro. O pobre diabo que se deve matar, melhor, controlar, é o que temos dentro de nós próprios. E não é um único diabo. Temos dentro de nós um inferninho completo que ninguém segura; e tome muito cuidado com aqueles que tudo faz crer santidades, pois destes, como em bundinha de bebê, nunca se sabe o que vai sair.
"Ou você ri da vida, ou a vida vai rir de você"
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