São Paulo reclama
O Estado de São Paulo
Estão consolidando um trecho de ciclofaixa na rua Eugênio de Medeiros entre a rua Sumidouro e a rua Capri, onde moro. Praticamente só me transporto em bicicleta desde 1977, quero o implemento de medidas de segurança para ciclistas (e pedestres), mas prezo o bom senso e cuidado com o parco dinheiro público. Como a ciclofaixa passa na porta da minha casa posso afirmar que o número de ciclistas que a utilizam (e o movimento geral da rua) definitivamente não justifica sua implantação. Implantada há uns dois anos para estimular ciclistas que vêm do Alto de Pinheiros a usarem o transporte público oferecido no Terminal Pinheiros, que conta com um bicicletario pouco usado, nunca chegou aos resultados desejados. O trecho da rua Eugênio de Medeiros é a continuação do que foi implantado na rua Costa Carvalho, fazendo a ligação com a ciclovia Pedroso de Moraes. Na época da implantação só colocaram placas de proibido parar e estacionar e pintaram uma linha branca no asfalto; todos respeitaram e continuam respeitando, prova que os tachões talvez não sejam assim tão necessários e talvez sejam um gasto... Seguindo a ciclofaixa pela Eugênio de Medeiros o ciclista chega até a esquina da rua Capri, a um quarteirão do Terminal Pinheiros e do bicicletario. A rua Capri tem mão única no sentido Terminal - Eugênio de Medeiros e é a única saída para os ônibus. Óbvio que os ciclistas descem a rua Capri pedalando na contramão ou pela calçada que sempre tem movimento. Foram e continuam sendo inúmeros os incidentes e conflitos, não sabe quem não quer. Mais uma vez pedestre que se dane, com a assinatura da CET. A alternativa seria pela Rua Conselheiro Pereira Pinto, uma estreita e pouquíssimo movimentada rua que dá no meio do Terminal, que há muito deveria ter recebido acalmamento de trânsito que melhorasse a segurança de pedestres e permitisse a circulação de ciclistas nos dois sentidos. Ela tanto dá acesso a ciclofaixa da Costa Carvalho como oferece um caminho para chegar ao Largo de Pinheiros sem passar pelo corredor de ônibus da rua Paes Leme, onde vira e mexe vem ciclista pela contramão no meio dos carros ou assustando pedestres, o que é muito fácil de ver. O pedestre que se dane.
Não há quem seja contra a segurança dos ciclistas, mas é complicado entender e apoiar muito do que foi e continua sendo feito. Renovar ciclofaixas que praticamente não são usadas, refazer o piso de ciclovias que estão ainda em ótima condição de uso, não corrigir conflitos entre ciclistas e pedestres, não acalmar ruas que foram instituídas pela população pedestre como caminhos preferenciais. Enrosca tudo nos critérios assumidos que ninguém consegue entender.
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