A USP colocou limites para os
ciclistas que vão lá para treinar. Desta vez não baniram os ciclistas como da
vez passada, mas colocaram regras claras para quem quer entrar na Cidade Universitária
do Butantã e treinar com suas bicicletas de estrada. Desta vez não tenho meu
irmão Murillo por aqui para me contar o que está acontecendo, mas da vez
passada a paciência do Prefeito e da Diretoria estourou quando um ciclista
partiu para cima de senhora que dirigia um carro e que, por ironia do destino,
era casada com um dos conselheiros. Isto depois de uma semana quando um corredor
(a pé) foi espancado por um ou mais ciclistas que vinham num pelotão. Naquele
momento a USP estava recebendo no mínimo duas reclamações formais, no papel, contra
os ciclistas, o que aqui neste país só acontece quando a situação extrapolou
qualquer limite, e olha que o limite brasileiro é bem “largo”. Brigas com
motoristas de ônibus, motoristas, pedestres e até mesmo com ciclistas tinham
virado hábito. E a USP foi fechada. Na época fiquei feliz de ouvir de alguns
ciclistas que “eles (ciclistas que treinam) tem que ir pedir desculpas (para a
USP) e mudar o comportamento”.
Não faço ideia do que está acontecendo
agora. Fui pedalar com amigos num começo de noite não faz muito e foi tranquilo,
exceto na “bolinha”, a grande praça rotatória que fica no final da avenida da
entrada principal da USP. Lá os ciclistas ficam dando voltas no entorno da
praça a milhão. Thomaz teve a pachorra de contar quantos ciclistas passavam por
volta e foram mais de 120, um senhor pelotão. O pessoal pedala muito rápido mantendo
a esquerda e vai conversando descontraído, sem se preocupar com o trânsito, o
que pode ter causado alguns conflitos. Nos fins de semana os ciclistas pedalam
por todas as partes, principalmente na avenida da raia olímpica. Não resta
dúvida que acalmaram, que os absurdos que se via antes do último fechamento
diminuíram muito, mas ainda deve estar acontecendo algo não bom ou a USP não
fecharia as portas de novo.
Vai restar treinar na ciclovia
do rio Pinheiros. Sábados pela manha muitos ciclistas pegam pesado, achando que
aquele espaço é exclusivo para eles, os que mantém média maior que 30 km/h. Uns
poucos, é verdade, vem aos gritos com os mais lentos e fazem ultrapassagens que
o bom senso evitaria. Repete-se ali o pouco civilizado comportamento dos mesmos
quando motoristas. Somos todos brasileiros.
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