Fazer 100 km pedalando ou em ônibus é uma comparação que a princípio não faz sentido, afinal um ônibus na estrada é muito mais veloz que um ciclista pedalando. Bicicleta é muito rápida para distâncias curtas, em torno de 5 km, dentro da cidade, onde os cruzamentos travam o andar dos veículos motorizados. A comparação só começa a fazer sentido quando se leva em consideração que o tempo de viagem deve ser de porta a porta. Para ir em ônibus é necessário pegar um táxi ou ônibus para ir até a rodoviária, lá comprar passagem, esperar o ônibus, entrar nele, fazer a viagem, chegar na rodoviária de destino, descer do ônibus e pegar as malas, encontrar um táxi ou pegar um ônibus e só então chegar de fato ao destino. Este é o tempo porta a porta viajando em ônibus.
Em bicicleta você abre a porta de casa, sai pedalando e chega pedalando ao destino final; num porta porta direto. Aí está a grande vantagem da bicicleta.
Ônibus e automóveis estão perdendo sua eficiência principalmente por conta dos congestionamentos, e as viagens confortavelmente sentado neles estão cada dia mais demoradas e cansativas. Bicicleta desconhece congestionamentos.
Em 20 km dentro da cidade a bicicleta, dependendo do horário, já é mais eficiente que automóveis. A cada dia o trânsito urbano fica pior. Mas numa estrada? Até que distância a bicicleta é mais eficiente?
Ida para Indaiatuba pedalando
Em bicicleta você abre a porta de casa, sai pedalando e chega pedalando ao destino final; num porta porta direto. Aí está a grande vantagem da bicicleta.
Ônibus e automóveis estão perdendo sua eficiência principalmente por conta dos congestionamentos, e as viagens confortavelmente sentado neles estão cada dia mais demoradas e cansativas. Bicicleta desconhece congestionamentos.
Em 20 km dentro da cidade a bicicleta, dependendo do horário, já é mais eficiente que automóveis. A cada dia o trânsito urbano fica pior. Mas numa estrada? Até que distância a bicicleta é mais eficiente?
Ida para Indaiatuba pedalando
Sai do Parque Villa Lobos, São Paulo, exatamente às 8:00 h de domingo e cheguei em Indaiatuba às 13:40 h com duas paradas num total de 40 minutos, uma para um lanche rápido e outra para almoço. Fiz 94 km de pedal numa Haro Flightline (maravilhosa) MTB aro 26, pneus 2.1 com 45 libras, 24 marchas, pedivela 175 mm, perfil para terra, deliciosa, mas um pouco lenta no asfalto. E eu não ajudei. Sai de São Paulo por um caminho desconhecido por dentro do bairro dos Remédios mais demorado que o normal. Estou em recuperação de um machucado feio na perna esquerda e pedalei feito velhinho (que sou nos meus 64 anos), sentindo um pouco os joelhos (praticamente parado durante a recuperação do ferimento), subindo bem devagar e tendo vento de frente. Enfim...
Pedalando de São Paulo - Indaiatuba em 5:40 horas, porta a porta.
Volta para São Paulo em ônibus
Sai do Nakayoshi, ótimo restaurante japonês em Indaiatuba, às 12:30 h e tive a sorte de chegar na Rodoviária pegar o ônibus das 13:00 h que estava fechando a porta para sair. Agradeço ao simpático motorista pela cortesia. Desci do ônibus na rodoviária do Tiete às 14:45 h, uma viagem praticamente sem trânsito inclusive na Marginal, o que se tratando de dia de semana em São Paulo é muita sorte. O motorista disse que a viagem normalmente é pelo menos 15 minutos mais demorada. Mais uma hora pedalando até em casa, no Parque Villa Lobos, e às 15:45 h fim de viagem.
Portanto 3:15 h de porta a porta viajando em ônibus de carreira; com muita sorte.
A diferença entre ir pedalando e de ônibus foi 2:15 h. Muito? Depende. Mas foi muito menor do que eu próprio imaginava.
A verdade é que nunca se sabe quanto tempo a viagem vai levar num carro ou ônibus. Acreditar que a bicicleta será o transporte das viagens do futuro é de uma besteira sem tamanho. Todo planeta depende dos transportes motorizados e eles devem continuar aí. O que temos que fazer para evitar um colapso nos transportes?
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