SP Reclama
O Estado de São Paulo
Estive no Rio de Janeiro, Leblon e Ipanema, e a qualidade das calçadas é muito boa tendo em vista o que acontece nas cidades brasileiras. No geral sem buracos, arrestas ou irregularidades que possam impedir uma pessoa portadora de necessidade especial de se movimentar, que é o que em último caso realmente define a qualidade de uma calçada. O detalhe é que o calçamento é todo em pedra portuguesa, o mesmo tipo de calçamento que querem tirar do Centro de São Paulo sob alegação que é de baixa qualidade. Estranha alegação. Não viajaram para Portugal ou teriam ficado maravilhados. Se no passado foi possível manter a qualidade do calçamento central de São Paulo em pedra portuguesa por que não se pode mais? O que foi perdido? Por outro lado está claro para os paulistanos que obras e consertos realizados com concreto não são nem sinônimo de qualidade e muito menos de durabilidade. Calçadas bem concretadas ao primeiro trabalho de qualquer prestadora de serviço perdem a uniformidade e lisura tão importantes para pessoas com necessidades especiais. A maioria das rampas de acesso estão aí para quem quiser ver, e é bom que olhem bem para não tropeçar. Abrir um buraco para manutenção no subsolo com pedras portuguesas é muito mais fácil, rápido e menos oneroso. Todos serviços no centro correm por baixo das calçadas. O que falta à cidade são calceteiros, nome dado à profissão de especialistas em construção e manutenção de calçadas, o que obviamente a administração pública não tem, não se preocupa em ter ou não quer ter. De qualquer forma é incrível que os órgãos públicos de fiscalização ainda não tenham percebido na curta durabilidade do concreto que se está usando em obras públicas. Por que será? As valetas de água em cruzamentos têm durabilidade ridícula, até os motoristas se dão conta.
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