O Fantástico deu uma matéria sobre um garoto carioca que comprou numa bicicletaria uma bicicleta usada que era roubada e acabou se dando mal. Receptação de produto roubado. O fato é comum, muito mais comum que se possa imaginar e este caso só acabou repercutindo porque o garoto é de cor, o que levou toda história para o lado do racismo.
A saber, o primeiro grande roubo de bicicletas top de linha para triathlon, Quintana Roo Kilo, aconteceu no Itaim Bibi, faz muito, e os assaltantes eram todos branquinhos, vestindo lindos ternos e carregaram toda a loja numa belíssima SUV, na época coisa de elite, mas elite mesmo. Mesmo numeradas, raras, de baixa fabricação, nunca mais foram encontradas. O que se supõe é que foram tiradas do Brasil. O que espantou na época foi o silêncio de toda comunidade.
Tem muito branquela de bolso cheio que pedala com bicicleta roubada, uns até têm desconfiança..., outros não podem imaginar. Tem muita bicicletaria séria que já deve ter repassado bicicleta roubada. É muito difícil de controlar, principalmente num país onde o sistema de segurança público não tem um sistema de coordenação e inteligência único. Enquanto as polícias dos estados não pararem de brigar entre si, por vaidade ou outras questões, enquanto o Governo Federal não impor uma ordem para unificar, o que neste governo parece ser claro ser desinteressante, nem roubo de carro será controlado, quanto mais o de bicicleta.
Roubo e receptação de bicicleta é problema seríssimo em todo mundo. Na Holanda é tão sério que virou programa de governo federal. Nas capitais e grandes cidades do mundo o problema é grave e ainda não se encontrou uma forma de combater. Pelo quanto a única forma que se tem de combate são as redes sociais, que por um lado podem ajudar e pelo outro ajudam os bandidos. Aí caímos no que já sabemos: sem boa informação, sem educação, sem civilidade, não se vai controlar os roubos e as vendas destes roubos.
O mínimo que se tem que fazer é ter o número de série da bicicleta em um arquivo que se possa acessar facilmente. Fotografe e tire cópia com papel e lápis e guarde junto com a nota fiscal. Sem isto não se faz B.O.. Não fazer B.O. é uma sacanagem sem tamanho com todo mundo e os bandidos agradecem.
Uma excelente reflexão em tempos difíceis. Parabéns Arturo.
ResponderExcluirabraço.
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