Fórum do Leitor
O Estado de São Paulo
Meio de milhão de mortos pela pandemia. Marco deprimente. O Jornal Nacional deu um editorial falando sobre as milhões de famílias e amigos que também devem entrar nesta conta macabra, milhões que perderam seus entes queridos, suas referências ou seu sustento. Não vai parar por aí, nem que tudo dê certo, vacinação e tudo mais, porque um trem destes não para do dia para noite como esperam em delírio muitos brasileiros. Faz muito nos tornamos um país imediatista, perdemos a sabedoria de procurar ter previsibilidade na construção do futuro. É líquido e certo que centenas de milhares mais vão morrer em consequência direta e principalmente indireta dos absurdos erros e crimes cometidos no combate a esta pandemia, o pior deles, mais uma vez, o silêncio geral. Só agora, mais de um ano depois, parece que vamos começar a gritar "chega!". O artigo "A nova divisão econômica / Falta de vacina para países pobres alimenta temores de crescimento desigual e pânico nos mercados globais" do The Economist, publicado no caderno Economia do Estadão deveria ser leitura obrigatória para todos, principalmente negacionistas. Um mais um são dois. Óbvio que a diferença de velocidade e amplitude de vacinação, e outros cuidados para conter o contágio da pandemia, tem uma relação direta com o retorno do crescimento econômico de países e sua futura estabilidade, números de todas as partes e a lógica provam isto. E olhando exemplos passados de todas as partes e momentos da história provam repetindo sempre o óbvio: ignorância, burrice e mediocridades ditas e praticadas por dementes autoritários causam graves problemas de longo prazo para qualquer país ou população. É o caminho certo da miséria. Meio milhão. Só? Mesmo muito tarde temos que reagir.
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