Onde tive um jantar com uma família de londrinos e é lógico que entraram no assunto bicicletas e afins em Londres. Eles tem um nível social e cultural alto, uma capacidade de análise bastante neutra, são bem informados, e falaram sobre ciclistas e ciclovias, referindo-se ao sistema cicloviário londrino, e acabaram num discurso muito parecido ao que se tem sobre o que aconteceu e está acontecendo em São Paulo. "Cresceu muito o número de ciclistas; há um problema com o comportamento dos ciclistas, alguns cospem, outros chutam os carros; outro dia morreu uma mãe com um bebe atropelada por um ciclista, colocaram mais ciclovias que o necessário, não pensaram nos outros (motoristas, pedestres...); não foi bem projetado, entendemos que as ciclovias são importantes..." Incrível como o discurso é uniformizado em todas as partes do mundo; e isto é ruim, bem ruim.
Vê-se ciclistas por todas as partes de Londres, bem mais que em São Paulo. As ruas são lisas como um carpete, uma delícia para pedalar. Praticamente inexiste a possibilidade de se encontrar um buraco ou qualquer outro obstáculo, o que instiga a uma pedalagem mais forte. As bicicletas em geral são de ótima qualidade, novas e bem cuidadas, muitas delas de estrada.
O trânsito londrino é infernal e vem piorando. O desenho urbano é todo torto, caótico, nada apropriado para a carga de trânsito dos dias de hoje. Na maioria das ruas não há espaço para mais nada, nem para as magrelas bicicletas. Mesmo as vias principais são estreitas. É muito comum que um carro tenha que parar para o outro poder passar. Definitivamente a cidade inglesa não é uma cidade com perfil próprio para automóveis, mesmo assim os ingleses amam o automóvel. Nos bairros mais ricos é incrível a quantidade de carros caros e sofisticados. Mais que incrível, é assustador. Em Kensington e redondezas o número de Rolls Royce, Bentley, e outros carros de extremo luxo circulando beira o absurdo. É muito mais que um sinal de riqueza desmesurada, do fim de uma era, da perda de noção de limite, é uma situação que se deve pensar muito a sério. Tem por trás muito mais que um abismo social. Como pode? Paul, com quem eu conversava no jantar, entrou no assunto Brexit e fez uma análise inteligente sobre a provável perda de riqueza do Reino Unido, O esvaziamento de Londres, a possível melhora no trânsito, e o futuro da bicicleta neste novo contexto, sem deixar de lado as críticas sobre o que foi feito até aqui. Sua mulher falou sobre a dificuldade que os ingleses tem em planejar e simplesmente descartou o uso de soluções urbanas em Londres como estão sendo usadas com sucesso na Holanda, em NY e em outras cidades do mundo.
Foram 3 dias de sol e calor numa Londres saindo de um inverno intenso, e a cidade estava em festa nas ruas. Ruas, praças, parques, ou qualquer lugar onde se pudesse pegar um pouco se sol lotados. Gente correndo a pé preparando-se para a maratona de Londres, uma quantidade sensível de ciclistas pedalando por lazer ou esporte por toda parte. O centro financeiro de Londres tem uma vida particular e fica vazio até a hora do almoço, quando todos descem para as ruas a vida explode por duas horas, depois volta a desaparecer e as ruas ficarem praticamente vazias, uma situação estranha. Hora da volta para casa, nova explosão de vida, esta apressada, sem olhar para os lados.
Para completar a Londres ensolarada e excepcionalmente quente, cheia de vida, a reunião do Commonwealth, 53 países da comunidade britânica, fechou ao trânsito todo entorno do Palácio de Buckingham, afetando até a imensa e maravilhosa roda gigante do outro lado do rio Tâmisa, fechada por razões de segurança até o termino do encontro. O povo que3 encheu os gramados dos parques próximos ao encontro tiveram mais paz. Árvores despertando do longo e gelado inverno, muitas inteiras floridas, canteiros.
Infelizmente Londres está suja, coisa que nunca foi. Saindo um pouco do centro e bairros mais ricos a sujeira fica feia, bem feia. Longe da riqueza e dos turistas tem muita loja fechada. No centrão a quantidade de turistas, zoológico completo, incomoda. Sempre se vê ciclistas circulando onde não poderiam estar, em algumas situações perigosas, no meio dos pedestres, muitas vezes de maneira pouco civilizada. E no fim dos três dias, fora do horário de escola, sempre apareceram grupos de adolescentes barbarizando. E exatamente como em São Paulo muitos faróis absurdos deixando outros ciclistas, pedestres e motoristas completamente cegos.
Ao lado do Big Ben congestionamento de ciclistas esperando educadamente o semáforo abrir. Londres tem seus problemas, mas a maioria dos ciclistas respeita os semáforos e a sinalização. Param educada e ordenadamente na linha de retenção e só seguem em frente com sinal verde, mesmo em locais ou momentos de pouco ou nenhum trânsito. Aí disparam.
Para terminar, aumentou muito o número de bicicletas compartilhadas, as que usam estação e as que podem ser deixadas em qualquer parte. Uma destas são de um desenho bem moderno, interessante.
O trânsito londrino é infernal e vem piorando. O desenho urbano é todo torto, caótico, nada apropriado para a carga de trânsito dos dias de hoje. Na maioria das ruas não há espaço para mais nada, nem para as magrelas bicicletas. Mesmo as vias principais são estreitas. É muito comum que um carro tenha que parar para o outro poder passar. Definitivamente a cidade inglesa não é uma cidade com perfil próprio para automóveis, mesmo assim os ingleses amam o automóvel. Nos bairros mais ricos é incrível a quantidade de carros caros e sofisticados. Mais que incrível, é assustador. Em Kensington e redondezas o número de Rolls Royce, Bentley, e outros carros de extremo luxo circulando beira o absurdo. É muito mais que um sinal de riqueza desmesurada, do fim de uma era, da perda de noção de limite, é uma situação que se deve pensar muito a sério. Tem por trás muito mais que um abismo social. Como pode? Paul, com quem eu conversava no jantar, entrou no assunto Brexit e fez uma análise inteligente sobre a provável perda de riqueza do Reino Unido, O esvaziamento de Londres, a possível melhora no trânsito, e o futuro da bicicleta neste novo contexto, sem deixar de lado as críticas sobre o que foi feito até aqui. Sua mulher falou sobre a dificuldade que os ingleses tem em planejar e simplesmente descartou o uso de soluções urbanas em Londres como estão sendo usadas com sucesso na Holanda, em NY e em outras cidades do mundo.
Foram 3 dias de sol e calor numa Londres saindo de um inverno intenso, e a cidade estava em festa nas ruas. Ruas, praças, parques, ou qualquer lugar onde se pudesse pegar um pouco se sol lotados. Gente correndo a pé preparando-se para a maratona de Londres, uma quantidade sensível de ciclistas pedalando por lazer ou esporte por toda parte. O centro financeiro de Londres tem uma vida particular e fica vazio até a hora do almoço, quando todos descem para as ruas a vida explode por duas horas, depois volta a desaparecer e as ruas ficarem praticamente vazias, uma situação estranha. Hora da volta para casa, nova explosão de vida, esta apressada, sem olhar para os lados.
Para completar a Londres ensolarada e excepcionalmente quente, cheia de vida, a reunião do Commonwealth, 53 países da comunidade britânica, fechou ao trânsito todo entorno do Palácio de Buckingham, afetando até a imensa e maravilhosa roda gigante do outro lado do rio Tâmisa, fechada por razões de segurança até o termino do encontro. O povo que3 encheu os gramados dos parques próximos ao encontro tiveram mais paz. Árvores despertando do longo e gelado inverno, muitas inteiras floridas, canteiros.
Infelizmente Londres está suja, coisa que nunca foi. Saindo um pouco do centro e bairros mais ricos a sujeira fica feia, bem feia. Longe da riqueza e dos turistas tem muita loja fechada. No centrão a quantidade de turistas, zoológico completo, incomoda. Sempre se vê ciclistas circulando onde não poderiam estar, em algumas situações perigosas, no meio dos pedestres, muitas vezes de maneira pouco civilizada. E no fim dos três dias, fora do horário de escola, sempre apareceram grupos de adolescentes barbarizando. E exatamente como em São Paulo muitos faróis absurdos deixando outros ciclistas, pedestres e motoristas completamente cegos.
Ao lado do Big Ben congestionamento de ciclistas esperando educadamente o semáforo abrir. Londres tem seus problemas, mas a maioria dos ciclistas respeita os semáforos e a sinalização. Param educada e ordenadamente na linha de retenção e só seguem em frente com sinal verde, mesmo em locais ou momentos de pouco ou nenhum trânsito. Aí disparam.
Para terminar, aumentou muito o número de bicicletas compartilhadas, as que usam estação e as que podem ser deixadas em qualquer parte. Uma destas são de um desenho bem moderno, interessante.
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