Está tendo uma corrida insana
da população atrás da vacina de febre amarela. É interessante acompanhar as muitas
notícias e entrevistas de especialistas e secretários de saúde. Uns dizem que todos
serão vacinados, todos nas cidades, estados e Brasil, outros tem coragem de
dizer que só é necessário vacinar agora os que estão em área de risco... E a
histeria coletiva está lançada. Mas o que há por trás desta histeria? Não falo
sobre interesses de governantes e políticos, mas sobre o a reação da população
em si.
Será que nós, brasileiros,
entendemos o que é prioridade? Quanto agimos com racionalidade? Quanto tem de
emoção? Quanto de falta de educação, cultura? Quanto de insegurança pessoal e
social? Quanto tem de status, sim status?
Brasileiro pode morrer de fome,
mas não fica sem TV em casa, ontem a de tubo, hoje a plana. Pode estar desempregado,
mas tem celular. Houve época que por menos que ganhasse usavam o tênis mais
caro da praça. Não sabe dirigir, não tem carta, mas sonha em comprar um carro.
E assim vamos.
Perguntem aos médicos do
serviço público: durante a semana é um povaréu reclamando de todo e qualquer
tipo de dor e doença. Chega fim de semana todo mundo desaparece. Brasil é o
único país no mundo que doença descansa nos fins de semana e feriados.
A febre amarela não foi
controlada por governos quando deveria, até porque prevenir não dá voto e
ninguém grita antes, agora temos mais esta histeria nacional. Todos querem se
vacinar. Moda, status ou histeria coletiva? Ou festa, momento para ver e conhecer
amigos? Não adianta explicar que a prioridade deve ser para quem vive em áreas
de risco. Todos querem chegar para os amigos e contar sorridentes: “tomei a
vacina do macaco amarelo”. Vacina é chique!
Prioridade? Saúde pública?
Prevenção?
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