Lasanha a bolonhesa muito bem servida veio com muito molho a bolonhesa. Demorou a ser servida, com certeza porque foi ao forno e não ao micro-ondas, o que poderia ser uma boa referência. Boa lasanha se percebe já no primeiro corte com o garfo. Quando feita por um bom cozinheiro e com bons ingredientes o garfo corta fácil, a lasanha não desmonta e ainda solta um bom aroma. A fatia vem inteira para a boca e é possível distinguir suavemente a mistura de sabores, massa, presunto, muzzarela, tomate e carne, uma combinação de gosto discretamente forte. Desmontou; tudo escorregou para o lado e deixou a vista a grossa fatia de presunto, que não sei que gosto tinha. Burrice a minha; quando veio o couvert e coloquei o que deveria ser um pedaço de parmesão na boca, que parmesão não era, deveria ter pago o couvert, dado alguma desculpa, levantado e ido para outro restaurante. Italiano que não sabe o que é um parmesão?
Comemos até o fim. O prato de Teresa, um raviole com recheio de muzzarela de búfala e molho de tomate, era melhor que o meu, mas também sem graça, primário, fraco. A escolha do restaurante foi feita pelo nome: Pasta e Formagio, uma besteira sem tamanho. Não é porque o nome é italiano que a comida é italiana. Cozinha italiana é uma das mais simples e exatamente por isto uma das mais sofisticadas, difíceis. Fazer qualquer coisa é fácil, fazer o simples virar divino é para bem poucos. Italianos são mestres nesta sublime arte.
Eu não me engano mais com estas ditas cantinas italianas. Muitas delas deveriam ser metralhadas impiedosamente pela camorra com muito sangue espalhado, dos idiotas que estão comendo ali, dos que ousam blasfemar suas receitas e principalmente metralhar o proprietário "traditore". Deixa o lavador de pratos vivo porque alguém vai ter que fazer a faxina. A maioria destas cantinas é um profundo desrespeito a verdadeira, maravilhosa, delicada e deliciosa culinária italiana. O que me deixa assustado, quase apavorado, é como ainda tem idiota que cai nelas e, pior, ainda acha ótimo, delicioso.
Eu não me engano mais com estas ditas cantinas italianas. Muitas delas deveriam ser metralhadas impiedosamente pela camorra com muito sangue espalhado, dos idiotas que estão comendo ali, dos que ousam blasfemar suas receitas e principalmente metralhar o proprietário "traditore". Deixa o lavador de pratos vivo porque alguém vai ter que fazer a faxina. A maioria destas cantinas é um profundo desrespeito a verdadeira, maravilhosa, delicada e deliciosa culinária italiana. O que me deixa assustado, quase apavorado, é como ainda tem idiota que cai nelas e, pior, ainda acha ótimo, delicioso.
Gosto não se discute? Melhor não. Mas cultura e sua consequente qualidade sim. Gosto tem uma relação íntima com cultura e qualidade, com princípios, com procedimentos, com educação, com respeito a si próprio e aos outros. Com prazer.
Na Itália surgiu um movimento de contracultura gastronômica ao fast food que vivemos, o "slow food". Comer bem, com calma, deleitando-se da refeição, da conversa e da vida. Combina perfeitamente com pedalar com calma, deleitando-se da paisagem e da vida.
Na Itália surgiu um movimento de contracultura gastronômica ao fast food que vivemos, o "slow food". Comer bem, com calma, deleitando-se da refeição, da conversa e da vida. Combina perfeitamente com pedalar com calma, deleitando-se da paisagem e da vida.
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