"Minha mãe morreu." A mensagem foi curta e sabendo de quem veio, profundamente dolorida.
Eu perdi as pernas. Senti uma exaustão, um vazio, duro.
Foram poucas as vezes que sentei com Poly e conversamos com tempo e calma, mas a recordação é farta, rica, muito agradável, fluente. Me sinto culpado por não ter repetido sempre.
Vá em paz, Poly.
Não consigo mais contar quantos amigos e familiares que morreram. Posso brincar que vivenciei morte por baciada. Alguns foram uma perda, no sentido mais bruto. Em poucas situações me desestabilizei, resultado do volume de perdas, enfim, da prática.
Demorei para dormir pensando porque com alguns, em específico, desmoronei. Foi o caso. Preciso chafurdar nos meus pesares para tentar encontrar uma resposta. E chafurdar é a palavra correta.
Beijo Poly. Obrigado.
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