Fórum do Leitor
O Estado de São Paulo
Quem já viajou de carro ou ônibus para Santos em qualquer dia do ano sabe da urgência de se resolver o caos que se forma ao se aproximar da cidade e de seu porto. Se for época de safra pior ainda. Urge uma nova pista para descer e subir a serra ou a economia deste país ficará mais estrangulada que já está. O projeto apresentado para a terceira via fala sobre uma descida mais suave que as existentes para que possa facilitar a movimentação de caminhões. A recomendação técnica é que a via ideal seja de 5% de declividade, não muito longe da declividade máxima permitida para trens que é de 3%. De 5% para 3% parece que é pouco, mas não no projeto de engenharia. Não sei qual será a declividade, já que para caminhões varia entre 12% máxima aos 5% ideiais. Deixo uma pergunta como leigo, mas também como cidadão preocupado com o futuro: porque não projetar a terceira via de forma que no futuro possa ser transformada em ferrovia? É de conhecimento que o transporte por caminhões não é o ideal, principalmente na escala que se tem da produção nacional, assim como para o fluxo ideal e necessário no porto de Santos. Tenho plena consciência que o problema é muito mais complexo, mas por que não investir já pensando em possíbilidades futuras? A pergunta é pertinente. Especialistas dizem que o correto seria levar em consideração desde já a ampliação viária que se fará necessária a médio prazo.
Ainda sobre trens, copio a resposta que dei num Whatsapp:
Eu amo trens, uma paixão que vem desde pequeno quando eram maria fumaça, ou a vapor. Tenho memória vivida das vezes que viajei em maria fumaça. Também lembro bem de minha ida de São Paulo para Corumbá e Bolívia em trem, bancos de madeira.
Tenho livros sobre o assunto, li um pouco, trabalhei com holandeses, enfim, conheço superficialmente o assunto e algumas coisas posso afirmar sem errar.
Trem de passageiro é muito deficitário em todo planeta. Para ser viável é necessário que o sistema de trens de carga funcione bem e seja muito rentável, o que não acontece aqui por diversas razões.
Ficamos falando a besteira de trem bala quando sequer fazemos a união de trilhos bem. Aliás o brasileiro no geral não faz ideia que um trem de passageiro normal da Europa consegue rodar numa média de 180 km/h, basta que o sistema funcione.
Uma viagem São Paulo - Rio a 180 km/h demoraria um pouco mais que de avião, se tanto. Simples, para pegar um avião você tem que chegar com antecedência, mais o tempo de voo, mais o tempo de desembarque. Ou seja, de trem seria algo por volta de 3 horas, mais ou menos a mesma coisa que em avião. Trem bala? para que?
Implantar trens normais é uma coisa, uma engenharia, um custo, um tempo, tudo realizado a partir do que já existe. Mais, urge a modernização da linha existente, a de carga.
Já o trem bala, custos, engenharia, trajeto, tudo novo...
Em outras palavras, precisamos mudar o foco da discussão. Trem sim, com certeza, mas o que realmente precisamos ter para que seja real, fazer funcionar, ser viável? A meu ver, primeiro passo, saber sobre o que se está falando e acertar a conversa. Pensar errado custa caro.
Vamos ver como caminha o trem para Campinas, que creio seja o primeiro passo para uma solução realista.
Trem para Santos... que saudades. Era divino. Infelizmente deixaram tudo apodrecer. Triste. Perdemos mais um patrimônio histórico valiosíssimo.
Trem para Santos? Pela linha nova? A velha não dá, não agora. O que seria necessário para ser viável a descida que passa pela linha que corre passando pelo Grajaú e de lá desce a Serra do Mar? Uma das coisas que diziam os especialistas seria o anel ferroviário que viabilizaria as cargas, dando outra escala econômica. Com certeza reformar tudo, rever ou trocar trilhos e dormentes, o sistema de tráfego e sei lá o que mais, que deve estar obsoleto.
Piuiii! Adoro! Torço para que volte ontem.
abraços
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