Antes, minhas sugestões para o
entorno da Estação Terminal Pinheiros:
Na rua Costa Carvalho colocar as vagas de estacionamentos a 45º
alternando o lado da rua o que obrigaria os carros diminuir de velocidade
porque a rua não seria mais uma reta, mas um zig-zag. Facilitar a criação de
vagas vivas para os inúmeros restaurantes, cafés e outros existentes ali. O
mesmo pode ser feito imediatamente na Eugênio de Medeiros. Testa a mudança
aí e depois estende para o resto do bairro. Sinalização estabelecendo
velocidade baixa, 30 ou 40 km/h, mais sinalização reforçando a prioridade legal
para as mobilidades humanas: pedestres, pessoas com necessidades especiais e
ciclistas. Segregação do ciclista? Não se quer uma cidade para todos?
O acesso à Estação Pinheiros para o Largo de Pinheiros: transformar
a sequência de ruas Conselheiro Pereira Pinto, Atuau e Guaicuí em ruas
preferencialmente para pedestres, o que já acontece, é fato consumado. Ciclistas
já conhecem o caminho. As correções no entorno do Largo de Pinheiros são relativamente
fáceis.
Como são estas ruas hoje?
O
trânsito na rua Costa Carvalho é pouco talvez por isto é fácil ver motoristas
andando mais rápido que o bom senso manda. A calma rua tem alguns restaurantes,
um bom número de pedestres, alguns ciclistas. É uma das rotas para a Estação
Terminal Pinheiros, onde há um bicicletário que sempre está ocioso, ao
contrário do sempre lotado bicicletário da Estação Faria Lima Linha Amarela 4,
uns 600 metros adiante.
A
rua Eugênio de Medeiros, paralela entre as ruas Costa Carvalho e Gilberto
Sabino, rua da Estação Terminal Pinheiros, é muito calma, poucos carros, uns
poucos ciclistas, só na hora do almoço é que há movimentação grande de
pedestres a caminho de um dos 15 restaurantes nos dois quarteirões e duzentos
metros entre as ruas Paes Leme e Sumidouro. Muitos escritórios no entorno. Fora
do almoço fica às moscas. E às quintas-feiras tem a tradicional feira. Vida de
interior. Do outro lado da Paes Leme a Eugênio de Medeiros vai dar na
ponte Bernard Goldfarb e dali para o Butantã ou Cidade Universitária e
movimento mesmo só na hora de pico. Conheço bem a vida do pedaço porque
moro aí desde 1987.
Qual o problema?
A cidade não está contando os centavos? Será que não tem outras
prioridades? O dinheiro destinado às mobilidades não pode ir para outros fins,
diz a lei. Não adianta, a coisa pública tem regras que só o diabo entende, se é
que entende. Prioridade? O que é isto? Eu tocaria cada centavo de qualquer
intervenção para ciclistas no ajuste de alguns problemas existentes no que já
está feito para pedestres, pessoas com necessidades especiais e se sobrasse
algo... Ou...
Será que dá para melhorar
a situação do ciclista com menos gastos?
Será que precisa pintar tudo de vermelho, que pelo divulgaram custa uma boa
nota? Não daria só para pintar os cruzamentos de vermelho com já fazem outras
cidades? Será que precisa colocar tachões em todo trajeto? As bicicletas
pintadas no asfalto da rua Groenlândia não deram um resultado surpreendente? Por
que não aplicar técnicas simples e baratas de acalmamento de trânsito já
consagradas em vários países? Afinal de contas, a maioria dos ciclistas não
pedala no meio da rua e seu trânsito até chegar nas ciclovias? Porque não
acalmar todo o bairro e assim ajudar três mobilidades numa tacada só,
pedestres, pessoas com deficiência de mobilidade e ciclistas (e skatistas,
patinadores....)? Mais, porque não melhorar a vida dos restaurantes, bares,
doceiras, padarias e outros geradores de empregos que estão em todos cantos do
bairro.
Voltando a meus
sonhos:
Pensando mais longe, se faz urgente a mudança da geometria viária
do acesso da Marginal Pinheiros para a av. Antônio Batuira, aquela que vai
direto até a Praça Panamericana. Como está hoje é um absurdo. É preciso forçar
os carros diminuírem a velocidade antes de sair da marginal, o que se faz
deixando a curva mais fechada. Fazendo isto se aumenta a segurança dos pedestres
que vem pela calçada da marginal. Ainda na av. Antônio Batuira é necessário
repetir no cruzamento da rua Guerra Junqueiro o acalmamento de trânsito simples
e eficiente existente faz muito no cruzamento com a av. Semaneiros.
Na av. Prof. Manuel José Chaves, que liga a Praça Panamericana à
Ponte Cidade Universitária instalar um segundo semáforo para pedestres e
ciclistas no cruzamento da rua Banibas o que criaria um caminho alternativo,
linha reta, mais curto entre o Parque Villa Lobos e quase a Estação Pinheiros,
além de dar acesso a ciclovia de canteiro central. Passou do tempo de estimular
ciclistas a usar caminhos alternativos, por dentro de bairros calmos, tanto
para mante-los distante de avenidas como para cortar custos da implantação do
sistema cicloviário, isto para dizer o mínimo.
E mais longe ainda seria possível trazer os cilistas que cruzam a
av. Diógenes Ribeiro de Lima para o interno de bairro, em especial na rua
Alberto Farias. É muito mais calmo e agradável, além de ser plano.
Não falo aqui sobre o cruzamento do rio Pinheiros que também é
comentado com um alargamento da calçada da Ponte Euzébio Matoso. Se querem
mexer aí os questionamentos a serem levados em consideração são uns tantos
muitos mais.
Gostei mt da forma q vc tratou a questão para pedestres,ciclistas e motoristas e todos q necessitam transitar pelo local, levando em consideração o entorno e o acesso Tudo tem q ser pensado no conjunto e não pode priorizar um grupo em detrimento de outro. Tem q se pensar na biomecãnica ao tratar do assunto. Parabéns.
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