quinta-feira, 14 de novembro de 2013

as causas dos acidentes com os motoboys da periferia

No debate do Pedala São Paulo Celso Jatene defendeu os motoboys de São Paulo com o famoso “eles vem da periferia...”, como se isto justificasse qualquer coisa. Sim, ao que tudo indica a maioria dos motociclistas acidentados veem de baixo da pirâmide social, mas isto justifica o que? “Eles tem que ser educados...” Não, tem que ser treinados. Diminuição de acidentes se faz com treinamento. Educação é uma outra coisa, diz respeito à universalidade, a horizontalidade de conhecimento e capacidade do uso do conhecimento disponível, de preferência para o bem e de forma produtiva. Treinamento é vertical, objetivo, está ligado a resultado. 

Pavlov! Condicionamento! Pega um urso, coloca ele sobre uma chapa de ferro, coloca uma música tipo Danúbio Azul, vai esquentado a chapa até as patas do urso ficarem quentes e ele começar a se movimentar, faz ele ir dar passinho para frente, girar, passinho para trás, sempre com a música tocando. Repete até o urso ficar condicionado a ouvir a música e sair “dançando”, sem a chapa quente. A mesmíssima coisa que se faz em qualquer religião. Ou com o cachorro, bebe, criança, ginasta olímpico, piloto de F1 ou de moto velocidade, ciclista profissional, batedor de falta e pênalti, médicos, operários, bombeiros, pessoas com deficiência.... Treinamento. Qualidade.
Chapa quente do treinamento para segurança no trânsito tem nome e se chama “multa”. É a multa, a punição rápida e rasteira, sem lenga-lenga, que traz a segurança, que evita mortes, feridos, o colapso do sistema hospitalar, aleijados... “Multa educativa” é má fé ideológica e desprezo pelo coletivo.

Se educação resolvesse problema de segurança num sistema como o do trânsito seria uma maravilha, mas não resolve. Em qualquer procedimento de segurança não há lugar para divagação. Divagou, fodeu-se!
Misturar segurança no trânsito com o estrato social dá merda. A prova irrefutável está ai. Ou todos temos segurança, ou ninguém tem. Básico!

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