Domingo num almoço de família no meio de conversas esportivas o pessoal soube que Felipe Massa tinha saído da corrida já primeira volta. As críticas a ele e Barrichello foram imediatas e duras, como sempre. "Perdedores!" Brasileiro é impiedoso com seus esportistas, de todas as áreas. Barrichello foi e continua sendo preferência nacional para as críticas, uma espécie de ícone do esportista perdedor. Eu acho deprimente, literalmente deprimente. Acho deprimente porque este julgamento traz consigo uma análise absolutamente ignorante dos fatos. Coisa de país perdedor, o que de fato e regra somos, brasileiros.
Nelson Piquet e sua língua inteligente e ferina soltou que "o segundo colocado é o primeiro perdedor". Acertou na mosca do pensamento popular brasileiro. Um belo deboche com os que vivem fora da realidade. Afinal, porque a categoria mais complexa, sofisticada e avançada do automobilismo, e talvez de todos esportes, contrataria e manteria em longeva atividade dois pilotos como Barrichello e Massa, considerados perdedores pelos compatriotas?
Outro dia esteve no Roda Viva da TV Cultura o pesquisador da FGV Samuel Pessôa. Um dos Twiter define bem o que foi: "Surpreendentemente didático e fácil comunicação..." Samuel (1:06:10 do programa) fala que "O Brasil está condenado a mediocridade" . Não é o primeiro que faz esta análise, que tristemente ouço faz décadas e sempre me recusei a aceitar. Hoje ainda tenho dificuldade de aceitar, mas tenho dificuldade de ver outro horizonte.
Temos que mudar muita coisa para conseguir fazer deste país alguma coisa. O marco zero é deixar para trás nosso complexo de vira-lata, como dizia já o Nelson Rodrigues na década de 50. Um dos reflexos deste nosso complexo de inferioridade destrutivo é exatamente esta falta de respeito por qualquer personalidade, trabalho ou conhecimento que não seja vitorioso ao estilo Ayrton Senna, Guga ou outros tantos.
Conheci pessoalmente e acompanhei o excelente trabalho de várias pessoas pela vida que poderiam ter de fato ter feito deste país algo bem próximo do que sonhamos, mas que tiveram seus trabalhos simplesmente jogados no lixo. Para o brasileiro são perdedores. Muito mais cômodo acreditar no grande paizão, no salvador da pátria, em ilusões, a fazer críticas sem qualquer fundamento.
Um bom exemplo de um destes "perdedores" do Brasil vale ler o currículo de Roberto_Pupo_Moreno, mesmo que não goste de automobilismo. O Brasil está cheio de "perdedores" como ele. Triste.
Outro dia esteve no Roda Viva da TV Cultura o pesquisador da FGV Samuel Pessôa. Um dos Twiter define bem o que foi: "Surpreendentemente didático e fácil comunicação..." Samuel (1:06:10 do programa) fala que "O Brasil está condenado a mediocridade" . Não é o primeiro que faz esta análise, que tristemente ouço faz décadas e sempre me recusei a aceitar. Hoje ainda tenho dificuldade de aceitar, mas tenho dificuldade de ver outro horizonte.
Temos que mudar muita coisa para conseguir fazer deste país alguma coisa. O marco zero é deixar para trás nosso complexo de vira-lata, como dizia já o Nelson Rodrigues na década de 50. Um dos reflexos deste nosso complexo de inferioridade destrutivo é exatamente esta falta de respeito por qualquer personalidade, trabalho ou conhecimento que não seja vitorioso ao estilo Ayrton Senna, Guga ou outros tantos.
Conheci pessoalmente e acompanhei o excelente trabalho de várias pessoas pela vida que poderiam ter de fato ter feito deste país algo bem próximo do que sonhamos, mas que tiveram seus trabalhos simplesmente jogados no lixo. Para o brasileiro são perdedores. Muito mais cômodo acreditar no grande paizão, no salvador da pátria, em ilusões, a fazer críticas sem qualquer fundamento.
Um bom exemplo de um destes "perdedores" do Brasil vale ler o currículo de Roberto_Pupo_Moreno, mesmo que não goste de automobilismo. O Brasil está cheio de "perdedores" como ele. Triste.
Nenhum comentário:
Postar um comentário