Estou num dos
novos edifícios de três andares construídos em Rio Tavares, ilha de
Florianópolis, na mesma rua do Centro de Saúde. Novo, mas não está ligado a
rede de esgoto, ou, pior, todo bairro não tem rede de esgoto. Em pleno século
21 deram autorização para um bairro cercado por reservas ambientais crescer
rapidamente sem rede de esgoto? De um lado a montanha com uma mata atlântica
primária, do outro uma praia muito bem preservada porque está protegida por
dunas e uma mata típica, e no meio destes paraísos cada dia mais e mais fossas
contaminando o solo? Ups! Pior, tem terreno que deve ser várzea e está sendo
aterrado. Enfim, péssimo.
Para chegar a praia é necessário cruzar trilhas dentro da mata. Lá vivem vários saguis, estes sim um grave problema ambiental. Não são nativos da área e se transformaram em predadores de várias espécies nativas. Como não tem predadores estão fazendo um estrago digno de ser humano. Estão sendo caçados e transferidos para o local de origem. Gostaria de ver a reação da distinta senhora quando o morador local, ambientalista e conservacionista, me contou sobre os problemas causados pelos saguis. Madame não sabe de nada.
A cada vez que passava pela trilha fiquei me indagando quantas espécies vivem lá. Qual a complexidade daquela fauna e flora e em quanto tempo as construções vão afetar seriamente aquele ambiente? Entre os três vira-latas e todos aqueles humanos na praia eu fico com os vira-latas. Matemática simples: no segundo dia de praia uns pescadores pegaram uma garoupa de 40 kg que estava nadando atordoada já quase na areia. Garoupa pegando onda? A praia estava cheia de peixes mortos, de todos tamanhos e tipos. A razão? Segundo os pescadores "uns idiotas que usam dinamite para pescar lá na ilha (em frente)".
Ontem foi
divulgado mais um ranque internacional sobre turismo e é óbvio que o Brasil é
um dos países menos visitados. Com esta natureza maravilhosa país pouco
visitado? Ridículo!
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