sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Liberou geral nas redes, uma oportunidade

Fórum do Leitor
O Estado de São Paulo

Sobre a regulação das redes sociais.
É possível olhar o liberou geral de uma outra forma? Será a primeira vez na história da humanidade que o zoológico furioso estará completamente "livre" e com autorização oficial para fazer o que bem entender, o que pode fornecer dados valiosos sobre quem ou o que de fato somos. Até aqui havia uma "liberdade" que de certa forma restringia uma boa parcela da população, aqueles que por medo de uma possível vigilância, ou "censura", ou por timidez restringiram suas opiniões ou se imponham limites.
No final da década de 30 nem todos embarcaram de corpo e alma no nazismo, nem mesmo em seu auge, mas acompanharam ou se integraram para não ter problema ou ser caçado, literalmente (um outro tipo de "censura").
Nem todos que votaram em Trump, Bolsonaro, Milei, Lula e outros, estavam de pleno acordo, mas expressaram de certa forma sua insatisfação. Expressar em voto é expressar em silêncio, sem palavras, sem o fundo da questão. 
Este pessoal insatisfeito vai embarcar no liberou geral que está vindo aí? Por que sim, embarca? Por que não? Se o fizer, e é provável que muitos o façam, não será uma oportunidade de ouro para saber de fato para onde caminha a humanidade?

É no extremo, no limite, na faca afiada no pescoço, que vem à tona quem realmente se é.
Se ainda não chegamos ao limite, então quem somos nós?

Não tenho a mais remota dúvida que não estamos sequer perto do limite. O ponto final deixamos para trás faz tempo.

Bravo! João Fonseca

Rádio Eldorado FM

Bravo! João Fonseca

Muito  feliz com o sucesso do tenista João Fonseca. Espero que tenhamos, nos brasileiros e governos, aprendido que um ótimo esportista deve ser alavanca para o desenvolvimento de um esporte. Temos que parar de desperdiçar os valores que temos por aqui.

Guga, Guga..., carinho por tudo que é e fez, mas do que ele deixou, de suas conquistas, restaram pouco mais que lembranças, nada mais. Tenistas novos formados pós Guga? Foi e é assim em todos esportes. O desperdício que temos de boas oportunidades no Brasil é absurdo.
 
Precisamos de uma política esportiva inteligente, ou seja, com viés de saúde pública. Sim, saúde pública. Feito isto o resto vem a reboque, resto 

Futebol, ótimo. Só futebol, que mediocridade! Futebol bet? Pense bem! Quem acha legal que se levante um monumento a Castor de Andrade e seu Bangú. Como dizia o canto de sua torcida,

"Bangú, bola na rede e pau no cú". Profético.
Vai firme, trouxa, aposta nas bets para pagar suas dívidas!

quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

99 e moto táxi e o "eu faço o que quero"

Foram inúmeras as mensagens para a Rádio Eldorado FM sobre a chegada na cidade dos moto taxis, a maioria deixando sua discordância baseado nos "perigos da moto". Só um dos ouvintes relatou que usou o serviço de moto taxi na Bahia e teve uma experiência segura. 
Um dos ouvintes falou sobre um perigo além do trânsito, o assalto, possibilidade real não só para levar a moto, como também uma mochila mais ajeitada que o passageiro possa estar usando.  

Fato é que faz alguns bons anos ocorriam 70/dia motociclistas acidentados que precisavam atendimento no local por bombeiros ou SAMU. Qual será o número hoje? De qualquer forma, o custo cidade / econômia é absurdo, fora o já sabido "foi para o hospital". 
A maioria dos acidentes são causados por ciclistas jovens, inexperientes. Não duvido que por erros de condução básicos. Quanto mais velho e experiente o motociclista, menor o índice de acidente. Quem serão os condutores destas moto taxi? Como serão escolhidos? Um outro ouvinte mandou mensagem que o medo dela seria estar de passageira numa moto roubada.

Por outro lado, a 99 não difere de outras empresas que pensam e agem no "faço o que quero". Segundo a Eldorado, Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo, teve uma reunião com eles, 99, faz alguns meses, quando disse não para as moto taxis na cidade. A razão para a 99 começar a operar mesmo sem autorização é simples: o poder regulatório dos governos praticamente inexiste nos dias atuais. Virou um esculhambo já faz tempo. "Eu faço o que quero" é regra aceita por toda a sociedade, com raríssimas excessões.

Para terminar, morre-se as pencas no trânsito brasileiro porque quem conduz bate o pé na certeza de que "eu sei o que estou fazendo", o que vai no mesmo caminho da forma que agem algumas empresas (ou muitas, sabe-se lá). 
Repito, somos um país onde cada um faz o que quer, ou pelo menos tem um grau de permissividade absurdo. Foda-se o outro, foda-se tudo, eu estou certo e ponto final.

Conclusão: tem lei que cola e lei que não cola. 

Agora a tarde a justiça mandou parar a operação das moto taxi. Conhecendo como funciona a coisa digo: aguardem os próximos capítulos.

Terceira pista para Santos e Trens

Fórum do Leitor
O Estado de São Paulo

Quem já viajou de carro ou ônibus para Santos em qualquer dia do ano sabe da urgência de se resolver o caos que se forma ao se aproximar da cidade e de seu porto. Se for época de safra pior ainda. Urge uma nova pista para descer e subir a serra ou a economia deste país ficará mais estrangulada que já está. O projeto apresentado para a terceira via fala sobre uma descida mais suave que as existentes para que possa facilitar a movimentação de caminhões. A recomendação técnica é que a via ideal seja de 5% de declividade, não muito longe da declividade máxima permitida para trens que é de 3%. De 5% para 3% parece que é pouco, mas não no projeto de engenharia. Não sei qual será a declividade, já que para caminhões varia entre 12% máxima aos 5% ideais. Deixo uma pergunta como leigo, mas também como cidadão preocupado com o futuro: porque não projetar a terceira via de forma que no futuro possa ser transformada em ferrovia? É de conhecimento que o transporte por caminhões não é o ideal, principalmente na escala que se tem da produção nacional, assim como para o fluxo ideal e necessário no porto de Santos. Tenho plena consciência que o problema é muito mais complexo, mas por que não investir já pensando em possíbilidades futuras? A pergunta é pertinente. Especialistas dizem que o correto seria levar em consideração desde já a ampliação viária que se fará necessária a médio prazo. 


Ainda  sobre trens, copio a resposta que dei num Whatsapp:

Eu amo trens, uma paixão que vem desde pequeno quando eram maria fumaça, ou a vapor. Tenho memória vivida das vezes que viajei em maria fumaça. Também lembro bem de minha ida de São Paulo para Corumbá e Bolívia em trem, bancos de madeira. 

Tenho livros sobre o assunto, li um pouco, trabalhei com holandeses, enfim, conheço superficialmente o assunto e algumas coisas posso afirmar sem errar.

Trem de passageiro é muito deficitário em todo planeta. Para ser viável é necessário que o sistema de trens de carga funcione bem e seja muito rentável, o que não acontece aqui por diversas razões.

Ficamos falando a besteira de trem bala quando sequer fazemos a união de trilhos bem. Aliás o brasileiro no geral não faz ideia que um trem de passageiro normal da Europa consegue rodar numa média de 180 km/h, basta que o sistema funcione. 

Uma viagem São Paulo - Rio a 180 km/h demoraria um pouco mais que de avião, se tanto. Simples, para pegar um avião você tem que chegar com antecedência, mais o tempo de voo, mais o tempo de desembarque. Ou seja, de trem seria algo por volta de 3 horas, mais ou menos a mesma coisa que em avião. Trem bala? para que?
Implantar trens normais é uma coisa, uma engenharia, um custo, um tempo, tudo realizado a partir do que já existe. Mais, urge a modernização da linha existente, a de carga. 
Já o trem bala, custos, engenharia, trajeto, tudo novo... 

Em outras palavras, precisamos mudar o foco da discussão. Trem sim, com certeza, mas o que realmente precisamos ter para que seja real, fazer funcionar, ser viável? A meu ver, primeiro passo, saber sobre o que se está falando e acertar a conversa. Pensar errado custa caro.

Vamos ver como caminha o trem para Campinas, que creio seja o primeiro passo para uma solução realista. 

Trem para Santos... que saudades. Era divino. Infelizmente deixaram tudo apodrecer. Triste. Perdemos mais um patrimônio histórico valiosíssimo.

Trem de passageiros para Santos? A velha não dá, não agora. Restaurando, só para turismo histórico, de pequena escala. O que seria necessário para ser viável a descida que passa pela linha que corre passando pelo Grajaú e de lá desce a Serra do Mar? Uma das coisas que diziam os especialistas seria o anel ferroviário que viabilizaria as cargas, dando outra escala econômica. Provavelmente reformar tudo, rever ou trocar trilhos e dormentes, o sistema de tráfego e sei lá o que mais, que mui provavelmente deve estar obsoleto.

Piuiii! Adoro! Torço para que volte ontem.

abraços



sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

Cicatrizes da vida



Acho que foi através de uma música do Sting que descobri que o Alcorão fala sobre o aprendizado relacionado às dores. Somos, melhor, estamos a sociedade das alegrias, prazeres, da vida sem dores, do tudo legal, do bom e do melhor, senão não valeu. A verdade definitivamente não é esta. Como se diz, o que acharíamos do tudo bom caso não houvesse momentos difíceis? A resposta vem num "que chatice!"

Desconhecia esta declaração da Rita Lee. Boa!

"Amor cura tudo". Quanta besteira! Começando porque a palavra "amor" virou carne de vaca, aliás, nem isto é mais porque quem ama de verdade não mata (portanto amor é vegetariano, vegano ou afins). 
Quem ama de verdade? O que é amor? Fomos tão longe em nossas besteiradas que é provável que tenhamos amor politicamente correto ou não. Não duvido nem um pouco. 
Quantos de nós sabem de fato o que é amor? Qual amor, perguntarão? Pelo menos o genérico, o que faz efeito, mas não tem marca definida. 

Estou com o pescoço travado. Tensão. Saco cheio além dos limites. Estou tendo que controlar os "amores" de uma figura louca por uma prima. Namoraram na década de 60, cada um fez seu caminho, e a figura resurgiu do nada, elouquecido. Ela esta com Alzheimer, e ele acredita com todas as letras que pode voltar ao que era então daqueles anos dourados. Amor? Será isto amor? Ou o que? 

A vida vai ensinando, ou não. Amor de verdade é difícil de definir, mas definitivamente não é paixão, aquela que queima no peito, vai arrefecendo e morre. Paixão, ah! a paixão! que bela encrenca. "Amor é bom enquanto dura", repetia o eterno apaixonado Vinícios de Moraes. Apaixonado, paixão, passageira. 

Nesta vida aprendi que a dor, as cicatrizes da vida, é que constroem o sentimento de amor. Rita Lee falou em cima da sabedoria que só os atentos pescam da vida. Quando tudo beleza, maravilha, se está no campo da paixão, que acaba quando vem a primeira pedra do caminho ou uma nova paixão. 
Amor se constrói. Pode até começar com uma paixão, mas acaba sendo fruto de uma construção sobre bases sólidas e algumas marteladas no dedão.

"Amor é amor e dor é um horror", quanta besteira! E aí? O que acontece no meio destes dois extremos? Respondo eu: a vida!

Amor: uma madrugada, voltando pedalando da casa de minha "amada", fazendo zig-zags com a bicicleta pela rua deserta, a roda da frente fechou, eu voei tipo supermam no asfalto, e ralei toda minha pele esquerda das pernas, peito e braço. Limpar a sujeira no banho foi bem divertido (?!?), digamos, fazer a estupidez de dormir no lençol e acordar com ele grudado na pele, foi mais divertido ainda. Abrir a porta e dar de cara com minha mãe, mais ainda. Amor: a santa me enfiar debaixo do chuveiro e desgrudar o lençol encharcado de sangue dezendo em voz paciente: meu filho, toma jeito.

Este voo no asfalto foi o começo do relacionamento amoroso com a bicicleta, mas não foi sem várias dores futuras. O amor é assim, sendo construído nos prazeres e dores. O recheio, o que estava entre a delícia do pedalar livre com vento na cara e alguns tombos, inúmeras quebras e defeitos (as bicicletas daqueles anos eram uma bosta), foi o que construiu este amor que tenho hoje. Igualzinho aos relacionamentos humanos.

Um dia a namorada de um amigo colocou o famoso "Ou eu, ou as bicicletas". Ele deu mais um gole no café, levantou-se, foi até o quarto deles, fez a mala dela, passou pela cozinha com a mala na mão, abriu o portão, deixou a mala no meio da calçada, voltou para continuar seu café sem dizer uma palavra. E olha que ele afirma até hoje que gostava para valer dela, em outras palavras, a amava. Acabou achando um amor verdadeiro e continuou com seu dito "amor" pelas bicicletas, amor possessivo. Amor possessivo? Amor possessivo? 

Posse faz parte do amor? Posse se refere ao "eu" e "meu". Amor tem pouco a ver com propriedade, com eu e meu. Tem tudo a ver com nós. Amor possessivo?

No mesmo contexto está a dor. Sabemos o que é a dor do outro? Nossa dor é a referência? Com certeza damos conselhos. Se conselho fosse bom era vendido. Tirando a piada, dor é quase particular de cada um, e bons conselhos, melhor, acarinhamento podem ajudar e muito. De novo, conselho é uma coisa, acarinhar é outra. Conselho: eu. Acarinhar, de verdade, ele. O bom e correto acarinhar: amor. 

Algumas cicatrizes e tatoos da vida eu dispensaria, mas tenho consciência que cheguei onde cheguei através delas. Muitas poderiam ser evitadas, talvez. Bastaria ter ouvido. Ou lido. Ouvido é mais completo, vai mais fundo, mas quem sabe ouvir?

"Fui mais forte que aquilo que me feriu...", depende. E muito. 





sábado, 28 de dezembro de 2024

Um milhão de ciclistas nas ruas de São Paulo.

Passeio Ciclístico da Primavera com um milhão de ciclistas? Sim, aconteceu, uma das fotos está aí.

Eu conhecia muita gente do setor de bicicletas e por causa disto subi no caminhão de som que ficou parado na largada daquele Passeio Ciclístico da Primavera, num dos portões do Ibirapuera, o de frente ao Monumento às Bandeiras. 
Deram a partida, deu-se início o passeio, a massa que não terminava mais começou a se movimentar lentamente, e todos lá em cima desandaram a conversar. Um bom tempo depois, tempo que não nos demos conta no meio das conversas, alguém deu um grito "Estão chegando!" e todos nós voltamos para a curva da av. República do Líbano, ponto final do passeio. Alguém ao meu lado disse "Vai dar muita confusão". Os últimos, que era uma massa a perder de vista, não tinham sequer saído ainda. Não podíamos acreditar no que estávamos vendo. 
No dia sequinte apareceu a contagem estimada com certa precisão e o número batia no milhão de ciclistas, ou mais. Entupiram nada menos que uns 12 km de avenidas de um circuito "no entorno do Ibirapuera", como diziam. 
O Passeio Ciclístico da Primavera nunca mais foi repetido com saída do Parque Ibirapuera. No ano seguinte ao milhão dividiram o evento em dois, e a partir de então aquela alegre festa anual foi morrendo aos poucos. A meu ver, o golpe de missericórida foi levá-lo para dentro do Autódromo de Interlagos, no circuito, com seu asfalto muito áspero, ruim de pedalar, sua subida dos boxes duríssima, ventos constantes, chuvas imprevisíveis... 

Uns anos depois a Caloi fez uma pesquisa de mercado para saber o que estava acontecendo nos fins de semana e o resultado, até surpreendente, correu feliz entre todos do setor e apaixonados pela bicicleta: milhão! 
CET SP, impressionada com este número e vendo ciclistas para tudo quanto era canto aos domingos ensolarados fez a sua contagem e mais uma vez bateram no milhão, só que desta vez soube-se aos cochichos de corredores.

Este 'milhão' de uma certa forma não impressionou muito o pessoal do comercial das fábricas. As vendas estavam nas alturas, o número calculado de bicicletas na cidade de São Paulo, diziam, era estimado por volta de 4 milhões, a imensa maioria jogada em algum canto tomando poeira. O cálculo era feito em cima das bicicletas vendidas, sua durabilidade, cerca de seis anos, e para separar as usadas das paradas, a movimentação em bicicletarias na oficina e principalmente a troca de pneus e câmaras. Quatro milhões não fazia sentido, mas foi aceito. Uma bicicleta para cada 3 habitantes? Muito. Um milhão nas ruas? Bem possível.
 
Todos números eram muito altos, mas mesmo que estivem errados, o que ninguém sabia ao certo, apontavam para um fenômeno inegável: bateu sol no domingo, tinha ciclista para tudo quanto é canto. 

Em 2005, por conta do Projeto GEF Banco Mundial, a CET apareceu numa reunião com mapa de contagem aleatória. Os números pareciam ridículos, uns gatos pingados aqui, outros acolá, mas um olhar mais atencioso apontava sem sombra de dúvidas que a quantidade de ciclistas circulando também durante a semana era mais que sensível, era expressível. O que chamava atenção era aparecer ciclista em locais que de certa forma não fazia sentido. Não importava o bairro, não importava a classe social, a renda, em tudo quanto era canto aparecia ciclista. Os gatos pingados ficavam por conta dos horários quando foram realizadas as contagens.  
  
Nesta mesma época, Sérgio Luís Bianco foi chamado pela TV Globo para dar uma entrevista sobre a quantidade de ciclistas que cruzavam a Ponte do Socorro. A gravação começou por volta da 6:00h e uns minutos depois Canuto, o entrevistador, parou a gravação e mandou buscar o motorista da Kombi para contar os ciclistas que passavam. Contaram em um pouco mais de meia hora algo como 183 ciclistas só no sentido Socorro - Santo Amaro. Canuto não podia acreditar. 
Não demorou para a CET mudar seu discurso, triplicar, quadriplicar o número de ciclistas em dia de trabalho. Pularam de 65 mil para 130 mil e não demorou eles próprios já deixavam escapar 250 mil, mais de quantro vezes o discurso oficial. Sobre o milhão dos fins de semana ensolarados ninguém mais questionava. 

Em 2007, Walter Feldman apresenta na Secretaria de Lazer e Esporte o projeto da futura Ciclo Faixa de Domingo. Por razões legais, para embasar o projeto, teve que fazer mais outra pesquisa e novamente a contagem de domingo ensolarado bateu no milhão. O sucesso explosivo da Ciclo Faixa de Domingo diz tudo. 

Vale a tiração de sarro: com certeza! "São Paulo nunca teve bicicleta. Para que ficar gastando tempo com esta besteira?" disseram várias autoridades. De fato!



domingo, 22 de dezembro de 2024

O que causou a tragédia de MG?

Fórum do Leitor
O Estado de São Paulo 

Sobre a tragédia na rodovia de Minas Gerais 

ato é que no geral as rodovias de Minas Gerais são mal conservadas, para dizer o mínimo, sejam as estaduais ou federais.

A questão é saber porque o bloco de granito se soltou da carreta. Mal preso? Ou estrada esburacada? Uma pedra daquele tamanho dificilmente se moveria na carroceria se estivesse sendo transportada numa estrada com asfalto perfeito e geometria de curvas condizente com a realidade dos caminhões que temos hoje. Teria saído do lugar num FMN que rodava a um pouco mais que 50 km/h? A realidade hoje é outra, os caminhões também. As estradas mineiras continuam sendo parecidas com as para carro de boi. É uma vergonha.

Como ciclista posso dizer, você vem pedalando num acostamento paulista, que respeita a normas básicas de segurança no trânsito rodoviário, e cruzou a fronteira com Minas Gerais, acabou, não só o acostamento, mas a qualidade do asfalto, a sinalização, o acostamento, a limpeza do mato...