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O Estado de São Paulo
Segurança pública e direitos humanos segundo a vida de três faxineiras. A primeira precisa ser acompanhada pelo marido até o ponto de ônibus que espera até seu embarque. O risco de assalto até violento faz parte da vida no bairro. De uns tempos para cá também no ônibus. Os assaltantes são vizinhos jovens, conhecidos. A segunda só sai para o trabalho um pouco mais tarde para chegar "inteira". A patroa aprova. A terceira, que mora perto da segunda, tem a sorte de pegar o ônibus na porta, mas alguns dias da semana não consegue dormir por conta do pancadão que rola a algumas quadras de sua casa. A história delas é a mesma de milhões. Roubos, assaltos e outras violências, inclusive a macabra lei do silêncio, fazem parte da vida de toda população, independente do nível social. Segurança pública e direitos humanos? Quantos anos o PT está ou ficou no poder? Lula vai bradar agora sobre segurança pública, só por que sua popularidade despenca? E o PT fica no dilema com os direitos humanos? O recado foi e continua sendo "dane-se os direitos humanos da imensa maioria vítimada violência, o nosso negócio é reeleição". Aliás, sempre foi.
Não, a solução também não está no que propõe esta direita, tão ou mais populista que esta esquerda. Tão religiosos, tão corretos, tão bonzinhos, mas duvido que Cristo ficaria feliz com o que rezam.
Fato é que ninguém, dos dois lados, tem interesse em correr atrás do dinheiro, o do crime, o ilegal, o lavado, a única forma que se provou acertada e eficiente para frear a violência e melhorar os direitos humanos. Pedir isto a eles é demais, o orçamento secreto que o diga. Populismo lá, populismo cá, e todos sabemos como vai ficar o tico tico no fuba.
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