domingo, 27 de julho de 2025

Juiz embriagado mata ciclista. Só isso?

Fórum do Leitor 
O Estado de São Paulo 

Mais uma morte. Não deixa de ser trivial, mas deve ser julgada no rigor da lei. Sera? Mas aí há um pequeno detalhe; o atropelador é um juiz aposentado. Vamos ver como a lei cairá sobre seus ombros, como seus iguais, juízes, vão encarar a realidade. Tenho pleno direito a esta dúvida. Creio que serão duros porque o juiz em questão atropelou bêbado e no momento da ocorrência se encontrava com uma mulher nua no seu colo. Mesmo assim eu creio que seja provavel uma punição, nem que seja para jogar o arquivo para baixo do tapete. Boa parte dos brasileiros devem pensar "vamos esperar para ver no que dá". Para infelicidade do sistema judiciário, a ocorrência fatal expôs uma situação nada simpática à população, que todos já sabíamos, mas é duro de engolir, o salário do juiz, uma brincadeirinha em torno de R$ 2.000.000,00 ao ano, sim, todos estes zeros, ou dois milhões de Reais ao ano. Sera que julgado culpado vão contrariar a lei e tirar o discreto salário do juiz? Duvido. Com todos estes predicados, talvez passe batido que um sujeito de 71 anos que dirige bêbado com uma senhora nua no colo é, pode-se dizer, imaturo. Se a esta altura do campeonato não tem maturidade, é factível imaginar que tivesse menos ainda mais jovem, quando trabalhava, no caso como juiz. Óbvio que isto não virá à tona. Se algum maluco for atrás e descobrir que este comportamento não é nem foi novidade, é de se supor que sua atuação em nome da justiça também não tenha sido. Aí é de se imaginar que vai entrar uma grossa e pesada turma do deixa disto, e também é de se imaginar que esta bizarra história macabra cause calafrios até nos que não são da justiça, mas trabalham intimamente ligados à ela.
Em outras palavras, a execrável morte não acidental da cidadã, por acaso ciclista, abriu a caixa de pandora que todos nós brasileiros sabemos que está aí, inclusive a remuneração vergonhosa, que eu prefiro profundamente ofensiva. O que eu creio que vá acontecer? Muito pouco, ou nada, além de uma provável condenação pela morte da ciclista. O resto, ora o resto... "Para com isso, cara!"

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