terça-feira, 20 de maio de 2025

Comentário sobre Opinião de Lusa Silvestre a respeito do Pacaembu

SP Reclama 
O Estado de São Paulo 



Não sei qual a relação do Lusa com o Estadio e Conjunto Esportivo Pacaembu, mas sei qual foi a minha e de minha família. Meu avô , Fernando de Azevedo, comprou a casa modelo da City Pacaembu, rua Bragança 53, no lançamentos do loteamento. Sim, de fato, havia uma bica de água onde minha mãe ainda criança ia pegar água. Desde que comecei a nadar no Pacaembu, em 1974, a cabeça de leão encrustada numa pedra que um dia fez parte da bica estava seca e jogada num canto. O corrego que passa por baixo foi problema que tentou se resolver não é de hoje. Espero que finalmente sido resolvido. Só não frequentei o Pacaembu em 1986, quando morei fora. Ele faz parte de minha vida. E ano após ano vi aquilo tudo se desfazer, cair aos pedaços, literalmente. Fiz parte de restrito grupo de frequentadores que colocou dinheiro e mãos a obra para manter a área esportiva aberta. Tive a sorte de jogar futebol no estádio e a infelicidade de vê-lo cada dia mais cheio de problemas. Campo, arquibancadas, banheiros, tudo do estádio estava muito deteriorado. Tobogam? Primeiro, foi construído com a distribuição da concha acústica, o que foi um crime contra o projeto original, e porque não dizer, contra a população. Para os torcedores? Assisti jogos de lá e não era exatamente legal. Gostava dali quem acha ruim normal, aceitável. Quem fala a favor do tobogam desconhece sua história, as críticas pesadas que recebeu ao ser construído e, pior, o aborto da engenharia que ficava atrás, sob a arquibancada. O hotel que está em seu lugar é uma solução inteligente, acompanha o que de melhor e mais inteligente que se faz mundo afora. O Pacaembu que foi deixado para trás, pelo que ouvi em tempos passados de Secretários Lazer e Esporte do Município e de diretores do Pacaembu, aliás publicado na imprensa, aquele importante, custava R$500 mil por mês só para não deteriorar mais ainda, isto para um número de usuários muito aquém do potencial. Fora outros problemas que prefiro esquecer. Ah! roubos e assaltos, definitivamente não são novidade, lá e em toda cidade. Toda esta falácia vem de quem não frequentou muito, todo ano, todas estações, por mais de 40 anos, acompanhando quase dia a dia o drama que este patrimônio histórico, cultural e principalmente público, querido Pacaembu, passou. Realmente espero que este novo projeto de certo, porque o que vi é vivi foi deprimente, reflexo de um Brasil tacanho, que não consegue entender o futuro. Aliás , Lusa, nosso futebol que o diga.

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